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Mercado financeiro hoje: Lula se reúne com presidente da Petrobras (PETR4) e mercado fica de olho em novo reajuste; veja principais assuntos que norteiam as bolsas na semana

A semana será marcada por uma agenda econômica intensa, com decisões de juros nos Estados Unidos, Zona do Euro e Brasil, além das primeiras leituras do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA e de países europeus do quarto trimestre de 2024. Nesta segunda-feira (27), o mercado monetário hoje acompanha o boletim Focus, as discussões sobre redução dos preços dos alimentos e a reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com a presidente da Petrobras (PETR3; PETR4).

Ainda na agenda econômica hoje, saem a nota de crédito e os dados semanais da balança comercial. O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, e os diretores têm despachos internos em meio ao período de silêncio às vésperas do Comitê de Política Monetária (Copom).

Também nesta segunda-feira, o presidente Lula se reúne com o chanceler Mauro Vieira pela manhã; com a presidente da Petrobras à tarde, em reunião em que agentes do mercado monetário esperam novidades sobre um possível reajuste nos combustíveis; e com a ministra do Planejamento, Simone Tebet, também à tarde. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, participa de almoço com empresários do LIDE (Grupo de Líderes firmariais) e o Ministério de Portos e Aeroportos lança a Política de Sustentabilidade para o setor.

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Nos próximos dias, saem o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de janeiro e os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de dezembro na quinta-feira (30), enquanto a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua e o balanço do setor público consolidado, na sexta-feira (31).

No exterior, nesta segunda-feira, serão publicados o índice de atividade nacional de dezembro dos EUA, as vendas de moradias novas e a pesquisa sobre condições econômicas no país. A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, participa de evento. Na Ásia, o Feriado do Ano Novo Lunar fechará os mercados na China a partir de terça-feira (28).

O anúncio de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) será na quarta-feira (29), seguido de entrevista do presidente da instituição, Jerome Powell. No mesmo dia, será conhecida a decisão de juros do Copom, no Brasil; e a do BCE, será divulgada na quinta-feira (30). Os dados de PIB dos EUA, Zona do Euro e Alemanha estão programados para quinta.

Entre os principais balanços programados, estão os de AT&T (antes da abertura) e Western Alliance (após o fechamento) desta segunda-feira; Boeing, na terça-feira (28), Microsoft, Meta e Tesla, na quarta-feira (29); Apple, Intel, Visa, na quinta-feira (30); Chevron e Exxon Mobil, na sexta-feira (31).

Confira os 4 assuntos que movimentam o mercado monetário hoje

Bolsas internacionais

Os índices futuros das bolsas de Nova York, em especial o Nasdaq, e as ações de tecnologia europeias caem fortemente, impactados pela notícia de que a startup chinesa DeepSeek lançou um modelo de Inteligência Artificial (IA) avançado por apenas US$ 6 milhões, utilizando chips menos sofisticados.

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A aversão ao risco aumenta antes da divulgação de balanços das grandes firmas americanas, da decisão de juros do Fed e do PIB dos EUA.

Os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida americana) caem mais, influenciados ainda pelo tom mais amigável de Donald Trump com a China e após o impasse com a Colômbia sobre imigrantes deportados.

Após ameaças mútuas de tarifas de 25% no domingo (26), a Casa Branca anunciou que as ordens para aplicar as tarifas estão suspensas, mas Trump manterá restrições de visto e inspeções alfandegárias até a devolução bem-sucedida dos deportados colombianos.

O dólar cai frente a moedas principais, mas sobe contra as emergentes ligadas a commodities, após dados fracos dos Índices de Gerentes de Compras (PMIs) da China, indicando uma desaceleração econômica no país.

Boletim Focus

O boletim Focus atualizou, nesta segunda-feira (27), as previsões para Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e Selic às vésperas do primeiro dia de reunião do Copom.

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A mediana do IPCA de 2025 passou de 5,08% a 5,50% nas projeções do relatório do Banco Central. Já para 2026, foi de 4,10% para 4,22%. Em 2027, as projeções se mantiveram em 3,90%. Em 2028, foram de 3,58% para 3,73%.

Já as projeções do boletim Focus para a taxa básica de juros permaneceram em 15% em 2025, e passaram de 12,25% para 12,50% em 2026. Nos cenários mais longos, a Selic deve passar de 10,25% para 10,38% em 2027, e permanecer em 10% em 2028.

Commodities

O minério de ferro fechou em alta de 1,06%, cotado a 810,5 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 111,85 nos mercados de Dalian, na China. Enquanto isso, o petróleo opera no campo negativo, caindo cerca de 0,30%.

Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de firmas não americanas) da Vale (VALE3) recuavam 1,00% no pré-mercado de Nova York, por volta das 8h20 (de Brasília). Já os ADRs da Petrobras cediam 0,44% no mesmo horário.

Mercado brasileiro

O Ibovespa hoje pode ser impactado pelo cenário externo negativo. O EWZ, principal fundo de índice (ETF, fundo de investimento negociado em bolsa de valores como se fosse uma ação) brasileiro negociado em Nova York recuava 1,81% no pré-mercado.

A valorização do dólar contra moedas emergentes tende a afetar o real, cuja volatilidade pode aumentar com a formação da taxa Ptax (taxa de referência para as operações de câmbio no mercado monetário) do fim de mês.

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O alívio nos Treasuries é positivo para os juros, com o mercado esperando um aumento de 1 ponto na Selic pelo Copom, que pode seguir com tom conservador.

O mercado também segue atento às discussões sobre a redução dos preços dos alimentos e à falta de novas medidas fiscais do governo. O Ministério da Fazenda negou que propostas fiscais seriam anunciadas nesta semana.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirmou que o trabalho da equipe econômica é chegar “todo santo dia” pensando em fórmulas para melhorar o ambiente de negócios e arrumar a “bagunça” herdada do governo anterior. Esses e outros assuntos contemplam o mercado monetário hoje.

* Com informações do Broadcast

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Esta notícia foi originalmente publicada em:
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Autor: Estadão Conteúdo

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