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Ações da Braskem (BRKM5) voltam a derreter: companhia perde R$ 3,77 bi em valor de mercado no acumulado de 2025

As ações da Braskem (BRKM5) despencaram 5,13% e lideraram as perdas do Ibovespa nesta segunda-feira (29). A firma terminou o pregão avaliada em apenas R$ 5,69 bilhões, patamar que não era visto desde 29 de setembro de 2009, quando a petroquímica valia R$ 5,68 bilhões. Os dados são de Einar Rivero, CEO e sócio-fundador da Elos Ayta Consultoria.

Apenas em setembro, a firma perdeu R$ 2,05 bilhões em valor de mercado. No acumulado de 2025, a desvalorização chega a R$ 3,77 bilhões – montante próximo ao valor de mercado atual da Iguatemi (IGTI11).

Na última sexta-feira (26), as ações BRKM5 já haviam despencado 14,81%, pelo risco de uma possível reestruturação de capital, após a companhia anunciar a contratação de assessores monetário e jurídico para auxiliá-la na elaboração de um diagnóstico de alternativas econômico-financeiras.

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Somado a isso, o UBS BB rebaixou a recomendação para os papéis da Braskem de compra para neutro, destacando que não vê um caminho fácil para a petroquímica voltar a gerar caixa. O banco também cortou o preço-alvo para a ação de R$ 15 para R$ 10, o que ajudou a pressionar os ativos nos dois últimos pregões.

Já o BTG Pactual, em relatório divulgado nesta segunda-feira, afirmou que a firma está em uma “posição complicada”, com os spreads petroquímicos (diferença de preço dos produtos finais e das matérias-primas) sem sinais de recuperação e o valor de mercado sendo corroído de forma constante pelo aumento das despesas financeiras.

“A recente decisão da companhia de contratar assessores monetários e jurídicos adiciona, em nossa visão, mais uma camada de preocupação, já que sugere que uma conversão de dívida em ações ou estruturas alternativas não pode ser descartada”, destacam os analistas Luiz Carvalho, Gustavo Cunha, Thomas Tenyi e Renan Tiburcio, que assinam o relatório do BTG.

Eles relembram ainda que o vencimento mais crítico da Braskem ocorre em 2028. “Embora os detentores de títulos possam, em teoria, esperar até lá, o enfraquecimento do perfil monetário da companhia aumenta o risco de enfrentar esse vencimento da dívida em uma posição muito mais frágil”, comentam.

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Um fator decisivo, na visão do BTG, será a renegociação da linha de crédito rotativo internacional (RCF, na sigla em inglês), que o banco vê como crucial para preservar a liquidez de curto prazo, embora isso possa ser difícil diante dos sucessivos rebaixamentos de crédito sofridos pela Braskem.

A S&P Global Ratings, por exemplo, rebaixou a sua classificação de crédito global da petroquímica de “B+” para “CCC-“. “Considerando as condições desafiadoras da indústria e o alto endividamento da firma, há uma probabilidade aumentada de uma reestruturação da dívida nos próximos seis meses”, disse a agência.

De forma geral, o BTC encara que a tese de investimento na Braskem tornou-se cada vez mais difícil. “O risco de diluição agora está claramente colocado à mesa e, com alternativas limitadas, as perspectivas para os acionistas atuais parecem cada vez mais pressionadas”, diz.

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Autor: Beatriz Rocha

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