Ex-secretária de Canoas é investigada por abate cães resgatados em enchentes


A Polícia Civil do Rio Grande do Sul cumpriu, na manhã desta quinta-feira (4), seis mandados de busca e apreensão como parte de uma investigação que apura abates irregulares de cães e possíveis fraudes envolvendo doações via Pix na Secretaria de Bem-Estar Animal de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
Segundo a delegada Luciane Bertolletti, ouvida pelo G1, a apuração começou após denúncias sobre o número elevado de eutanásias de cães na secretaria. Foram cerca de 240 mortes em apenas oito meses, número considerado acima da média. A polícia investiga se os procedimentos, que deveriam seguir critérios veterinários rigorosos, foram realizados sem justificativa técnica e com motivação financeira.

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Segundo a investigação, uma das suspeitas, que ocupava um cargo de gestão, resgatava animais doentes, usava as redes sociais para pedir doações e, posteriormente, realizava as eutanásias utilizando a estrutura da secretaria.
“O que nós colhemos até agora indica uma matança desmedida de cães. O objetivo era monetário. Identificamos que uma das investigadas recolhia animais da rua, divulgava nas redes sociais para receber doações via Pix e, depois de um tempo, esses animais simplesmente desapareciam”, afirmou Bertolletti.
As apurações se concentram no período em que Paula Lopes chefiava a secretaria. Nomeada em dezembro de 2024, ela foi exonerada no último dia 18 de agosto. Ela é suspeita de estelionato, maus-tratos a animais e uso indevido da estrutura pública.
Além dos cães, há denúncias sobre gatos mantidos de forma irregular, trancados em contêineres. Os registros de entrada e saída dos animais na secretaria também apresentaram inconsistências.
Durante o cumprimento dos mandados, agentes encontraram cães e gatos mortos em sacos plásticos dentro de um freezer da secretaria. Em outra frente, na casa de Paula Lopes, na Zona Sul de Porto Alegre, foram apreendidos R$ 100 mil em dinheiro vivo.
O que dizem os envolvidos
Nas redes sociais, Paula Lopes afirmou que teve o celular apreendido e se defendeu das acusações. Ela alegou que as denúncias têm motivação política e disse que divulgará sua versão dos fatos. “Desde que aceitei o cargo, começou esse caos. Mas os números estão aí e eu vou provar a verdade”, disse.
A Prefeitura de Canoas, em nota, informou que colabora com a investigação e que instaurou um procedimento interno para apurar os fatos com “todo o rigor”.
Paula se apresenta como protetora de animais há mais de 20 anos e ganhou notoriedade nas redes sociais por adotar bichos com deficiência. Agora, a imagem pública construída ao longo de décadas é confrontada por suspeitas que podem envolver fraude, uso indevido de recursos e violação dos direitos dos animais.
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Autor: Marina Verenicz