Governo ajusta regras de financiamento imobiliário para atender a classe média
O governo divulgou hoje mudanças nas regras para o financiamento imobiliário. A reformulação altera regras históricas do crédito habitacional, amplia o teto do Sistema monetário de Habitação (SFH) e promete ampliar o acesso à casa própria, principalmente para famílias de renda média.
Financiamento de até 80% volta à Caixa
Com o novo modelo, a Caixa volta a oferecer crédito cobrindo até 80% do valor total do imóvel, reduzindo a entrada necessária e tornando o financiamento mais acessível. A instituição será a principal operadora das novas regras, mas outros bancos e fintechs também poderão disputar esse mercado, o que tende a aumentar a concorrência e reduzir os juros. Segundo o governo, cerca de 80 mil moradias devem ser contratadas até 2026 pela Caixa dentro do novo formato.
O que muda nas regras do financiamento imobiliário
Hoje, os bancos precisam aplicar 65% da poupança em crédito habitacional, o que limita a oferta quando o saldo cai. Com a reformulação, essa regra deixa de ser obrigatória, permitindo que as instituições usem outras fontes de recursos, como LCIs, CRIs e captações próprias.
“Na medida em que mais valores são depositados em poupança, mais crédito será disponibilizado para financiamento imobiliário, o que tende a ampliar a oferta de crédito, considerando ainda as captações de mercado, por exemplo, via LCIs (Letras de crédito imobiliário) e CRIs (Certificados de recebíveis imobiliários)”, afirmou o governo, em comunicado.
O depósito compulsório sobre a poupança, que atualmente é de 20%, será reduzido gradualmente até ser extinto em 2027. Isso libera mais recursos para financiar imóveis. Outra mudança relevante é o aumento do teto do SFH, que passa de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões. Assim, imóveis de padrão médio poderão ser financiados dentro das faixas com juros limitados a 12% ao an
“O novo modelo aumenta a competição, pois incorpora os depósitos intermonetários imobiliários ao direcionamento, o que permite que instituições que não captam poupança também concedam crédito habitacional em condições equivalentes às demais”, argumenta o governo.
Principais benefícios para quem quer comprar um imóvel
Para o comprador, as principais vantagens são:
- Maior cobertura do valor do imóvel (até 80%);
- Juros potencialmente menores, com mais concorrência;
- Acesso ampliado para famílias de renda média;
- Menos exigência de entrada e prazos mais flexíveis.
A medida deve estimular o crédito habitacional e impulsionar o setor da construção civil, que espera aumento de lançamentos e geração de empregos.
Quando as novas regras do financiamento imobiliário entram em vigor
A transição será gradual até janeiro de 2027, com parte das regras atuais do financiamento imibiliário mantida nesse período. Durante a adaptação, os bancos poderão testar o uso combinado de recursos da poupança e de mercado, sob supervisão do Banco Central.
Financiamento imobiliário: o que mudou com as novas regras
Como era antes | Como fica agora |
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Financiamento cobria até 70% do valor do imóvel em média. | Caixa volta a financiar até 80% do valor do imóvel. |
Teto do SFH era de R$ 1,5 milhão. | Novo teto: R$ 2,25 milhões, ampliando o público elegível. |
Bancos precisavam aplicar 65% dos depósitos da poupança em crédito imobiliário. | Regra deixa de ser obrigatória; bancos poderão usar outras fontes de recursos. |
Depósito compulsório sobre a poupança era de 20%. | Compulsório será reduzido gradualmente até zerar em 2027, liberando mais crédito. |
Financiamento dependia majoritariamente da poupança. | Diversificação das fontes, com uso de LCIs, CRIs e captações de mercado. |
Menor concorrência e juros mais altos. | Mais instituições poderão ofertar crédito, aumentando a competição. |
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Autor: Rafael Balsemão