Ibovespa hoje: IPP e IGP-DI no radar do Brasil, enquanto dados de consumo dos EUA ditam o humor dos mercados

Os mercados internacionais encerraram o último pregão, sem uma direção dominante. Em Nova York, os principais índices acionários oscilaram em meio à divulgação dos pedidos semanais de auxílio-desemprego, que vieram abaixo do previsto e reforçaram a resiliência do mercado de trabalho nos Estados Unidos. O dado pressionou para cima os rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano, enquanto investidores calibravam expectativas para a reunião do Federal Reserve, o banco central dos EUA, na próxima semana.

Na Europa, o tom foi mais firme: as bolsas fecharam em alta apoiadas pelo otimismo com a política monetária americana e pela melhora das análises sobre o setor automotivo. Entre as commodities, o petróleo subiu cerca de 1 por cento diante da ausência de avanços em negociações geopolíticas.

No Brasil, o Ibovespa acompanhou o melhor humor externo e avançou 1,67 %, encerrando o pregão aos 164.456 pontos, novo recorde histórico, com volume monetário de 31,1 bilhões de reais. O dólar terminou praticamente estável, cotado a 5,32 reais, após recuar 0,05%. O desempenho doméstico foi favorecido pelo movimento sazonal de fim de ano e pela leitura do Produto Interno Bruto do terceiro trimestre, que veio abaixo das projeções e alimentou a expectativa de que o ciclo de cortes da Selic possa começar já em janeiro.

Esta sexta-feira (5), chega com uma agenda reduzida no Brasil, mas marcada por um indicador relevante: o IGP-DI de novembro, calculado pela Fundação Getulio Vargas. A mediana das projeções aponta alta de 0,20%, dentro de um intervalo que varia de 0,09% a 0,49%. Às 9 horas, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga também o Índice de Preços ao Produtor. O Banco Central realiza duas operações programadas: às 11h30, oferta até 50 mil contratos de swap cambial, equivalentes a 2,5 bilhões de dólares, e ao meio-dia coloca até 5 bilhões de reais em operações compromissadas de seis meses.

No exterior, o foco recai sobre a divulgação do índice de preços de gastos com consumo dos Estados Unidos, o PCE, referência crucial para a política monetária do Federal Reserve. O Departamento de Comércio publica às 12 horas os dados de gastos e renda pessoal, além do PCE e de seu núcleo, ambos projetados para avançar 0,2% no mês.

No mesmo horário, sai o índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan, acompanhado das expectativas de inflação. A agenda internacional ainda reúne encomendas à indústria na Alemanha, o PIB do terceiro trimestre da zona do euro e participações de autoridades do Banco Central Europeu. Um conjunto de leituras mais benignas tende a reforçar as apostas de corte de juros nos Estados Unidos, enquanto qualquer surpresa inflacionária pode adicionar volatilidade ao pregão. A seguir, confira a agenda do dia.

Fonte: Broadcast, Dow Jones Newswires e FactSet