Ibovespa na semana: Magazine Luiza (MGLU3) salta 12,8% com alívio de juros futuros; Marfrig (MRFG3) afunda

O Ibovespa subiu 2,53% na semana, passando de 142.271,58 pontos para 145.865,11 pontos – maior nível já registrado em um fechamento. A semana foi de renovação de recordes para o principal índice de ações da Bolsa brasileira, que chegou a atingir 146.398,77 pontos no início da tarde desta sexta-feira (19), estabelecendo um novo ápice intraday, mas perdeu força ao longo do pregão.

O corte de juros feito pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano) na quarta (17), o primeiro desde dezembro, está por trás do otimismo que move as bolsas para o positivo. A redução foi de 0,25 ponto percentual, para a banda entre 4% e 4,25% ao ano. O movimento era ansiado pelo mercado e tende a impulsionar o apetite dos investidores a risco, além de beneficiar mercados emergentes, como o Brasil. No cenário doméstico, também houve decisão de juros. Por aqui, como esperado, o Banco Central (BC) manteve a taxa Selic em 15% ao ano.

“Os índices de ações americanos renovam as máximas históricas, assim como o Ibovespa, em meio à expectativa de mais cortes nas Fed Funds, criando um ambiente de maior atratividade dos ativos arrojados em relação à renda fixa americana, além de estímulos à atividade e queda nos custos de financiamento”, afirmou Paula Zogbi, estrategista-chefe da Nomad. As aparente bem-sucedida reunião entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder chinês, Xi Jiping, também trouxe ânimo ao mercado.

“Gera alívio em relação a uma das incertezas atuais do mercado: a conturbada relação entre EUA e China, que ainda não alcançaram um acordo comercial consolidado”, diz Zogbi.

Em Nova York, S&P 500, Dow Jones e Nasdaq subiram 1,22%, 1,05% e 2,21%, respectivamente. O dólar e o euro caíram -0,62% e -0,51% frente ao real na semana, atingindo os R$ 5,32 e R$ 6,25, respectivamente.

As maiores altas da semana

As três ações que mais valorizaram na semana foram Magazine Luiza  (MGLU3), Natura (NATU3) e Eletrobras (ELET3).

• Magazine Luiza  (MGLU3): 12,79%, R$ 11,11

Os papéis da Magazine Luiza dispararam 12,79% no pregão, aos R$ 11,11. O recuo dos juros futuros em meio ao otimismo engatilhado pelos cortes de juros nos EUA foi o principal fator para a valorização expressiva das ações.

A MGLU3 está em alta de 35,65% no mês. No ano, acumula uma valorização de 76,07%.

• Natura  (NATU3): 12,57%, R$ 9,85

As ações da Natura avançaram 12,57%, aos R$ 9,85, após a venda da Natura &Co UK Holdings, subsidiário no Reino Unido, para o fundo de investimento Regent.

A NATU3 está em alta de 9,32% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de -22,81%.

• Eletrobras  (ELET3): 9,18%, R$ 50,55

A decisão do BC em manter a taxa Selic em 15% ao ano, alimentou o apetite por papéis defensivos. As ações da Eletrobras subiram 9,18%, aos R$ 50,55.

A ELET3 está em alta de 12,28% no mês. No ano, acumula uma valorização de 57,43%.

As maiores baixas da semana

As três ações que mais desvalorizaram na semana foram Marfrig (MRFG3), Brf (BRFS3) e Braskem (BRKM5).

• Marfrig (MRFG3): -13,89%, R$ 22,14

As ações da Marfrig afundaram 13,89% no pregão, aos R$ 22,14, após altas recentes.

A MRFG3 está em baixa de -11,19% no mês. No ano, acumula uma valorização de 30,01%.

• BRF (BRFS3): -9,36%, R$ 18,97

Na mesma toada, as ações da BRF cederam 9,36% na semana, aos R$ 18,97.

A BRFS3 está em baixa de -8,05% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de -25,2%.

• Braskem (BRKM5): -4,71%, R$ 8,50

A Braskem completa a tríade de maiores baixas do Ibovespa na semana, com uma desvalorização de 4,71%, para R$ 8,50. O rebaixamento de rating pela S&P Global é um dos fatores que roubou fôlego dos papéis,

A BRKM5 está em baixa de -9,28% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de -26,6%.

*Com Broadcast