Mercados hoje: liquidez reduzida e novo plano de investimentos da Petrobras impactam os negócios
Bom dia!
O mercado começa esta sexta-feira, dia de “black friday”, com otimismo renovado: lá fora, as ações de techs retomam o impulso, em meio aos sinais de cortes de juros. Aqui dentro, o dado de emprego mais magro em outubro alimenta a perspectiva de mais um passo rumo ao início do ciclo de redução da Selic. O novo plano da Petrobras, com redução de investimentos devido à queda dos preços do petróleo, responde às críticas de investidores de que a companhia planejava gastar mais do que o necessário em um ambiente de retorno menor – bom para quem esperava mais dividendos da petroleira.
Enquanto você dormia…
- Às 7h, os futuros das bolsas de Nova York operam com leve alta: o S&P 500 futuro avança +0,1%, enquanto o Nasdaq futuro subia +0,2%. O pregão mais curto com fechamento previsto para 15h (de Brasília) e a liquidez reduzida devem dar o tom dos negócios nesta black friday pós-feriado de Ação de Graças.
- A Europa patina com os investidores globais ainda em clima de semi-feriado. O Stoxx 600 recua -0,1%.
- Na Ásia, o pregão foi morno, afetado pela liquidez reduzida. O índice Nikkei, da bolsa de Tóquio, encerrou em alta de +0,17%. O Hang Seng, de Hong Kong, recuou -0,34%, em meio ao aumento de tensões entre a China e o Japão.
- O índice dólar (DXY) sobe +0,19% a 99,75 pontos. O petróleo Brent avança +0,30% a US$ 63,05 o barril. Os juros da Treasury de 10 anos se mantém em torno de 4% ao ano.
Destaques do dia
- O saldo de empregos formais em outubro foi de apenas 85.147 vagas — muito abaixo das cerca de 105 mil previstas por economistas. Trata-se do pior outubro desde o início da nova metodologia do Novo Caged, em 2020. No acumulado de 2025, o país registra cerca de 1,8 milhão de novas vagas, mas o ritmo desacelerou sensivelmente.
- E como isso afeta os negócios? Com o mercado de trabalho esfriando, expectativas de consumo doméstico e investimentos em setores sensíveis (varejo, construção, crédito) ficam mais moderadas. Se, por um lado, o cenário pode inspirar cautela com ações ligadas ao consumo, de outro, os números ajudam a consolidar a perspectiva de que o Banco Central tem cada vez mais motivos para iniciar logo um ciclo de corte de juros.
Giro pelo mundo
- Liquidez em baixa: um dia de pregão mais curto nos EUA e com o foco na black friday, um tradicional dia de liquidações do varejo americano, reduzem o volume de negócios nos mercados globais.
Giro pelo Brasil
- Mercado de trabalho desacelera: o desempenho fraco do Novo Caged no mês alimenta o debate sobre a necessidade de políticas para reaquecer geração de emprego, o que inclui as perspectivas de uma Selic menor no início de 2026.
Giro corporativo
- Petrobras: a estatal aprovou um plano de investimentos entre 2026 e 2030 de US$ 109 bilhões — cerca de 1,8% abaixo do plano anterior. O recuo reflete avaliação mais conservadora diante de preços do petróleo menos otimistas. A carteira privilegia projetos de exploração e produção (E&P), mas reduz a margem para “caprichos” e investimentos arriscados.
- O plano da Petrobras prevê distribuição de dividendos ordinários entre US$ 45 bilhões e US$ 50 bilhões no período. A prudência sugere que a firma prioriza controle de caixa e desalavancagem.
- O conselho de administração da Vale aprovou nesta quinta-feira (27) a distribuição de remuneração aos acionistas no valor total de R$ 15,3 bilhões, ou R$ 3,58 por ação. O Itaú Unibanco não ficou atrás. A instituição financeira anunciou nesta quinta-feira (27) que seu conselho de administração aprovou pagamento de R$ 23,4 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP).
Agenda do dia
- 08:30: Estatísticas fiscais de outubro – Banco Central
10:00: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad contínua) — IBGE. Dados de outubro.
Ótima “black friday” e bons negócios!
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Esta notícia foi originalmente publicada em:
Fonte original
Autor: Sérgio Tauhata
