Quem é a BRK Ambiental, candidata a colocar fim à seca de IPOs no Brasil após 4 anos
A BRK Ambiental comunicou ao mercado que entrou com pedido na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para realizar uma oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) no Brasil. As informações constam em fato relevante divulgado na quinta-feira (11).
A firma também submeteu pedido de listagem no Novo Mercado da B3, segmento classificado como o de maior nível de governança corporativa da Bolsa brasileira.
Segundo a companhia, o pedido de registro está sob a análise da CVM. “A oferta está sujeita às condições dos mercados de capitais nacional e internacional, às devidas aprovações societárias aplicáveis referentes ao aumento de capital e à precificação, bem como aos registros pertinentes junto à CVM e à B3”, afirma.
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O Brasil vive uma seca de IPOs há quatro anos. O último ocorreu em 2021, quando mais de cinquenta firmas estrearam na Bolsa brasileira, aproveitando os juros baixos, que terminaram o ano a 9,25% – um patamar bem distante do nível de 15% vigente atualmente.
Por outro lado, o movimento contrário, de Oferta Pública de Aquisição (OPA) para fechamento de capital, tem se tornando cada vez mais comum. Como mostramos nesta reportagem, em alguns casos, as OPAs podem gerar perdas de até 90% para o investidor.
No próximo ano, entra em vigor o Regime Fácil, uma iniciativa da CVM que promete simplificar as regras e reduzir custos para facilitar a entrada de pequenas e médias firmas no mercado de capitais.
O programa engloba companhias com faturamento bruto anual inferior a R$ 500 milhões e permite a listagem com regras flexíveis. Em vez do Formulário de Referência tradicional, as firmas deverão apresentar o Formulário Fácil, uma versão simplificada do documento.
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Originalmente prevista para começar a valer em 2 de janeiro de 2026, a estimativa agora é de que a iniciativa entre em vigor em 16 de março. A CVM comunicou o adiamento de 75 dias em relação ao plano inicial nesta semana.
O que faz a BRK Ambiental
A BRK é uma companhia privada de saneamento, que está presente em mais de cem municípios brasileiros, em todas as regiões do País. A firma nasceu por meio do spin-off (estratégia em que uma firma “mãe” separa uma parte de seus negócios) dos ativos do segmento ambiental da antiga Organização Odebrecht, hoje Novonor.
Em abril de 2017, a Brookfield assumiu o controle acionário com participação de 70% no capital social da companhia. Os outros 30% pertencem ao Fundo de Investimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FI-FGTS), administrado pela Caixa Econômica Federal.
Em 2021, a firma já havia sondado bancos para tentar realizar um IPO. Um ano depois, em dezembro de 2022, comunicou a desistência do processo, devido ao que chamou de “condições de mercado desfavoráveis” à realização do IPO.
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Autor: Beatriz Rocha
