Não Aposte Contra a América
Na reunião anual de 2021 da Berkshire Hathaway, o maior investidor da história, Warren Buffett recomendou: “Nunca aposte contra a América”, em alusão ao período da pandemia, no qual todas as economias foram colocadas a prova, inclusive a dos Estados Unidos da América.
O “bom velhinho” e famoso Oráculo de Omaha trouxe dados históricos que mostravam que os Estados Unidos haviam superados diversos períodos de crises, inclusive saindo mais fortes delas, e que apesar da destruição não só financeira, mas humana causada pela Covid-19, era possível apostar na volta por cima e na reafirmação da liderança da economia americana.
O tempo mostra que apesar dos americanos terem encarado olho no olho o dragão que conhecemos desde sempre praticamente, que é o da inflação (alta), a qual vem corroer o poder de compra de todos, em especial o dos mais pobres e da classe média, que posterga muitos sonhos e pressiona os juros, pode estar com a luz do fim do túnel se aproximando.
Pandemia, guerra entre Rússia e Ucrânia, disparada no preço do barril de petróleo, desaceleração da economia chinesa, intensificação dos conflitos no Oriente Médio, eterna “lateralização” da economia da Europa, infindáveis fatores pressionaram os preços mundo a fora, que deixaram ainda mais caro um custo de vida já nada barato.
Muitos economistas e profissionais de mercado renomados apostam que esse será o grande vilão da década no mundo, que o dragão veio para ficar em especial pela injeção de dinheiro sem precedentes por parte dos bancos centrais.
Nesse contexto a “aposta certa” segundo Buffett, a América, mesmo com os solavancos da economia global parece estar caminhando para mais uma década de forte crescimento de economia real e mercados de capitais, o que parecia inimaginável se pensarmos no volume de crescimento da década passada apresentado pela economia americana. O que para muitos foi uma verdadeira crise, para os Estados Unidos parece ter sido uma pausa para o descanso antes de voltar a crescer.
O tão esperado corte de juros por parte do FED já tem trazido bastante otimismo para o mercado, e provavelmente será um gatilho para investidores do mundo todo para virar a chave da renda fixa e da segurança para a renda variável e oportunidades de mercado em busca de prêmios de riscos maiores.
Como se fala no mercado: “juros para baixo, Bolsa para cima”. Corte nos juros possibilita mais empréstimos para a compra de imóveis, investimento em novos negócios, expansão para novos mercados, e tudo isso deve se refletir no resultado do PIB dos Estados Unidos, deixando o dólar ainda mais forte perante as outras moedas, e a economia americana sendo a referência global por pelo menos mais uma década.
Por isso “nunca aposte contra a América”.