Nubank (ROXO34) vai entrar nos Estados Unidos? O que está por trás da escalada das ações
Detalhe interno da sede do Nubank (ROXO34). Foto: Divulgação
Além da sequência de resultados operacionais surpreendentes, a escalada das ações do Nubank (ROXO34) pode incluir também a expectativa de entrada do banco digital em outros mercados. Além disso, vale a pena ficar de olho no lucro do Nubank.
À medida que a fintech acelera receitas por cliente no Brasil e ganha tração no México, vêm crescendo nas últimas semanas especulações sobre quais podem ser as próximas geografias do banco, incluindo o gigantesco mercado bancário dos Estados Unidos.
Nesse sentido, o Goldman Sachs emitiu nesta segunda-feira (10) um relatório citando que essa é uma hipótese em discussão no mercado.
Adicionalmente, o próprio fundador e presidente-executivo do Nubank, David Vélez, acabou avivando as especulações na semana passada.
Em entrevista à CNBC, o executivo comentou que a estrutura de custos do setor bancário nos Estados Unidos é maior do que a de bancos digitais, como o Nubank.
“No momento em que alguém entrar com uma vantagem na estrutura de custos, como a nossa (…) Essa vantagem (…) será importante para competir”, afirmou Vélez, segundo a CNBC.
David Vélez, fundador e CEO global do Nubank. Foto: Ricardo Moraes/ReutersDe fato, o país tem as características que o grupo vem buscando desde seu surgimento, em 2013: mercado escalável e com grande potencial de rentabilidade.
Mas os Estados Unidos não são o único alvo possível com essas características.
Segundo o Goldman Sachs, Filipinas, Indonésia e Índia vêm emergindo das conversas, uma vez que os demais mercados da América Latina são menores.
Com uma disparada de cerca de 60% de suas ações em 2024, o Nubank superou US$ 56 bilhões em valor mercado, ou cerca de R$ 300 bilhões.
Isso significa que o banco digital tornou-se a segunda maior empresa brasileira listada em bolsa, só atrás da Petrobras (R$ 506 bilhões) e à frente de todos os demais bancos brasileiros.
Segundo analistas, esse desempenho reflete em parte o número crescente de novos investidores tentando entender se o sucesso do Nubank no Brasil pode ser replicado para outros mercados.
“Isso pode fazer subir os preços das ações durante um longo tempo”, segundo relatório de autoria de Pedro Leduc e equipe do Itaú BBA.
Segundo o Goldman, isso mostra como a fintech criada em 2013 e hoje com mais de 100 milhões de usuários entre Brasil, México e Colômbia, superou a fase de ser apenas moda.
“Investidores mais tradicionais estão cada vez mais positivos em relação às ações, dada a forte execução e aumento da rentabilidade”, afirmou o Goldman.
Enquanto as ações escalam, mais analistas vêm se perguntando sobre a sustentabilidade desse movimento, dado que os papéis embutem uma expectativa de resultados muito melhores do que os dos seus principais rivais.
No primeiro trimestre, o Nubank (ROXO34) teve lucro ajustado (que exclui efeitos extraord