Argentina assina acordo de swap de US$ 20 bilhões com os EUA
O banco central da Argentina informou nesta segunda-feira (20) que assinou um acordo de estabilização da taxa de câmbio de US$ 20 bilhões com o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, seis dias antes da eleição parlamentar.
“O acordo estabelece os termos e as condições para a realização de operações bilaterais de swap cambial entre ambas as partes”, informa o comunicado. “Isso fortalece a capacidade do banco central de responder às condições que podem ocorrer em episódios de volatilidade nos mercados de câmbio e de capitais.”
O ministro da Economia, Luis Caputo, disse na semana passada que esperava que essa estrutura fosse finalizada antes da votação de meio de mandato, na qual o partido do presidente Javier Milei buscará aumentar sua presença parlamentar minoritária.
Milei, que fez campanha para resolver os problemas econômicos da Argentina por meio de um rígido programa de austeridade e da redução do tamanho do governo, sofreu uma série de derrotas políticas recentes para a oposição, que é mais focada na área social.
Os termos e condições específicos não foram detalhados pela Argentina. Então, ainda não está claro quais concessões, se houver, a Argentina fez como parte do acordo, além de manter a política fiscal austera, e quando o swap entrará em vigor.
Os títulos em dólar da Argentina saltaram após o comunicado do banco central. As notas com vencimento em 2035 subiram mais de US$ 0,01, para US$ 0,57, segundo dados indicativos de preços compilados pela Bloomberg.
Trump
O presidente norte-americano, Donald Trump, disse na semana passada que os EUA não “perderiam seu tempo” com a Argentina se o partido de Milei fosse derrotado na votação de 26 de outubro.
Mas o secretário do Tesouro, Scott Bessent, posteriormente voltou atrás nas declarações, que impactaram brevemente os mercados locais.
Bessent disse que os EUA continuarão a apoiar financeiramente a Argentina enquanto o governo de Milei perseguir boas políticas, independentemente do resultado das eleições.
O que achou dessa notícia? Deixe um comentário abaixo e/ou compartilhe em suas redes sociais. Assim deixaremos mais pessoas por dentro do mundo das finanças, economia e investimentos!
Esta notícia foi originalmente publicada em:
Fonte original
Autor: Reuters