Cinco grandes empresas da bolsa vão pagar R$ 56 bilhões em dividendos
Cinco entre as maiores firmas da bolsa de valores já anunciaram R$ 56 bilhões em pagamento de dividendos ou juros sobre capital próprio (JCP) para seus acionistas. O volume diz respeito especificamente aos anúncios mais recentes realizados, com distribuição prevista a partir de dezembro.
Itaú, Vale e Petrobras são as maiores firmas do Ibovespa. O Banco do Brasil vem um pouco mais atrás, mas também está entre as “top 10” do mercado de ações que já anunciaram novas distribuições de remuneração aos investidores.
Além do pagamento de R$ 4,3 bilhões já anunciado, a Axia divulgou ontem (27) que seu conselho de administração aprovou a convocação de uma assembleia em 19 de dezembro para aprovar a distribuição de parte ou de toda a reserva de lucro da firma, que somava R$ 39,9 bilhões no terceiro trimestre deste ano.
Se aprovado o pagamento, a Axia vai criar uma nova classe de ações preferenciais, que poderão ser convertidas em ações ordinárias até 2031 e que serão distribuídas aos acionistas na proporção da participação que eles já têm na companhia. O objetivo dessa estrutura é evitar a diluição dos acionistas e preservar a flexibilidade financeira e a capacidade de investimento da firma.
Entre outras companhias que anunciaram o pagamento de proventos elevados, um dos destaques é a Copel, que pagará R$ 1,1 bilhão em dividendos.
O anúncio dos proventos aos investidores acontece em um momento de mudança na tributação de dividendos, sancionada nesta semana. Segundo as novas regras, válidas a partir de 2026, os dividendos pagos aos investidores que superarem R$ 50 mil mensais serão taxados em 10% na fonte. Lembrando que os JCPs já sofrem incidência de 15% de retenção de IR.
Com a decisão, analistas esperam que mais firmas anunciem distribuição de proventos até o fim do ano para garantir a isenção. Relatório recente do Bank of America (BofA) afirma que companhias com grandes reservas de lucros e alavancagem controlada estão em posição de anunciar dividendos mais altos ou extraordinários em breve. O banco calcula que os pagamento podem chegar a R$ 142 bilhões, acima dos R$ 107 bilhões distribuídos no ano passado.
Além disso, companhias com elevada participação de investidores estrangeiros ou com acionistas controladores – especialmente estrangeiros ou pessoas físicas brasileiras – têm “um incentivo adicional para agir rapidamente”, segundo o documento assinado pelos analistas do banco.
Ainda de acordo com o relatório, os setores que mais entregaram rendimentos com dividendos (dividend yield) são o imobiliário (26% em média), alimentos e bebidas (16%) e tecnologia, mídia e telecomunicações (12%).
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Autor: Juliana Machado