Dólar cai em correção global após avanço nas negociações entre Rússia e Ucrânia
O dólar hoje opera em queda nesta segunda-feira (24) com o mercado observando os sinais de possível progresso nas negociações entre Rússia e Ucrânia, mencionados pelo presidente dos EUA, Donald Trump, e reforçados pelo homólogo ucraniano Volodymyr Zelensky, que afirmou que “a diplomacia foi revigorada”, ajudam a reduzir aversão ao risco.
Por volta das 9h30, o dólar recuava 0,26%, a R$ 5,39. A liquidez no mercado pode melhorar com os leilões de linha de até US$ 2 bilhões para rolagem de vencimentos de 2026, embora a demanda sazonal de fim de ano siga pressionando a taxa de câmbio. No radar ficam os dados de arrecadação federal de outubro (10h30), estimada pelo mercado em R$ 264,5 bilhões (mediana).
O mercado também aguarda palestra do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo (BC), em almoço com banqueiros promovido pela Febraban. Há também expectativas sobre o relatório bimestral de receitas e despesas do 5º bimestre, enviado ao Congresso na sexta-feira. No documento, o governo reduziu o bloqueio do orçamento de 2025 para R$ 7,7 bilhões e introduziu contingenciamento de R$ 3,3 bilhões devido à queda na receita líquida; o déficit estimado permanece na banda permitida, em R$ 31,265 bilhões.
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Houve revisões em previdência, pessoal, precatórios, dividendos e royalties, além de queda nas projeções de Selic acumulada, IPCA e PIB. No boletim Focus, a mediana para a inflação suavizada nos próximos 12 meses caiu de 4,11% para 4,09%. Um mês antes, era de 4,06%. No ambiente político, investidores repercutem a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Acordo entre UE e Mercosul também pauta do dólar hoje
O Senado vota nesta terça a aposentadoria especial de agentes de saúde e de combate às endemias, classificada como “pauta-bomba”. Na Cúpula do G20, em Joanesburgo, na África do Sul, o presidente Lula afirmou ontem que o acordo Mercosul-UE será assinado em 20 de dezembro e defendeu o uso estratégico de minerais críticos.
A agenda da semana inclui IPCA-15 na quarta e, nos EUA, PPI, confiança do consumidor na terça e o índice de preços de gastos com consumo (PCE) no país em outubro, na quarta, véspera do feriado de Ação de Graças, que fechará os mercados americanos na quinta e deve encurtar o pregão na sexta, dia da Black Friday.
Na sexta-feira, o dólar à vista subiu 1,18%, a R$ 5,4015, maior valor de fechamento desde 17 de outubro (R$ 5,4055), refletindo a aversão ao risco global, remessas ao exterior, queda das commodities e incertezas sobre juros nos EUA. A moeda terminou a semana com ganhos de 1,97% em relação ao real e passou a apresentar variação positiva no mês (0,39%). No ano, as perdas do dólar, que chegaram a superar 14%, agora são de 12,60%. Para mais informações sobre o dólar hoje, clique aqui.
*Com informações do Broadcast
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Autor: Bruno Andrade

