Juros em queda e dólar fraco impulsionam Ibovespa em dia de alta nos mercados globais

Os mercados internacionais operam com viés positivo nesta segunda-feira, refletindo a expectativa de corte de juros pelo Federal Reserve na quarta-feira. A sinalização de flexibilização monetária nos EUA tem pressionado os rendimentos dos Treasuries e o dólar, favorecendo moedas emergentes e ativos de risco. Bolsas em Nova York renovam máximas, enquanto na Europa o setor bancário lidera os ganhos, mesmo após o rebaixamento da nota da França. Na Ásia, o destaque fica para o avanço das ações de tecnologia na China e novo recorde na Bolsa de Seul.

No Brasil, o Ibovespa opera em alta e se aproxima de novo recorde, sustentado pela queda do dólar e dos juros futuros. A divulgação do IBC-Br de julho, com retração acima do esperado, reforça a percepção de desaceleração da atividade e alimenta apostas de corte da Selic ainda em 2025. Por volta das 13h15, o principal índice da B3 subia 1,01% aos 143.705 pontos, o dólar recuava 0,76% frente ao real, cotado a R$ 5,31, menor nível desde junho de 2024, enquanto os DIs de longo prazo cedem com força.

Entre as ações que compõem o Ibovespa, o dia é marcado por forte desempenho de varejistas, bancos e firmas de educação, impulsionadas pela queda dos juros futuros após o IBC-Br vir abaixo do esperado. Magazine Luiza, Yduqs e Assaí lideram os ganhos, refletindo maior sensibilidade ao ciclo econômico. Já o Banco do Brasil recua, destoando do setor, em meio a temores de sanções externas. RD Saúde lidera as perdas, pressionada por preocupações com concorrência, em cenário técnico de correção após forte alta acumulada recentemente. Eletrobras avança com revisão positiva de preço-alvo, enquanto Natura sobe após anunciar desinvestimento na Avon CARD.