Mercados encerraram pregão sob forte cautela devido a pressões externas e dados internos

Os mercados encerraram o dia sob forte cautela, refletindo a escalada dos rendimentos dos Treasuries (títulos de dívida emitidos pelo governo norte-americano) e dos títulos europeus, em meio a preocupações fiscais.

Esse cenário pressionou as bolsas internacionais, enquanto o dólar se fortaleceu globalmente, penalizando moedas emergentes. Apesar do ambiente adverso, indicadores industriais acima do esperado nos EUA ajudaram a suavizar parte do movimento negativo. O petróleo avançou em meio a tensões geopolíticas, e o ouro renovou máximas históricas, evidenciando a busca por proteção.

No Brasil, o Ibovespa – o principal índice da B3, a Bolsa de Valores brasileira – fechou em queda de 0,67%, aos 140.335 pontos, com giro monetário de R$ 21 bilhões, pressionado pelo cenário externo e pela alta na curva de juros.

Pela manhã, o Produto Interno Bruto (PIB) acima das expectativas trouxe alívio quanto à atividade econômica, mas reduziu as apostas de corte da Selic no curto prazo, o que impactou negativamente os ativos de risco. O dólar encerrou o dia em alta de 0,64%, cotado a R$ 5,47, em meio à maior aversão global ao risco.

Entre os destaques do pregão, os bancos lideraram as perdas, acompanhados pelo setor de varejo, que foi penalizado pela alta dos juros futuros. Por outro lado, Embraer (EMBR3) figurou entre as maiores altas, impulsionada por novos pedidos e perspectivas positivas. Cosan (CSAN3) também avançou, diante de notícias sobre possíveis movimentos estratégicos envolvendo a Raízen (RAIZ4).

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