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O que explica a queda de braço entre o Nubank e a Febraban

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) resolveu responder – e rebater – a uma postagem feita pelo CEO do Nubank, David Vélez, há poucos dias no Linkedin. Na semana passada, o executivo disse que a fintech contribuiu para transformar o sistema monetário brasileiro graças a, entre outras coisas, uma contribuição fiscal maior do que a de qualquer outra instituição no País.

Na postagem, Vélez compartilhou um gráfico mostrando que entre janeiro e setembro de 2025 o Nubank pagou R$ 8,2 bilhões em Imposto de Renda (IR) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Itaú, Banco do Brasil, Bradesco e Santander teriam pago, respectivamente, R$ 6,8 bi, R$ 6,0 bi, R$ 5,9 bi e R$ 2,7 bi.

O CEO do Nubank disse que, além da contribuição fiscal, o modelo de negócio do banco gera maior inclusão e competição ao sistema, com menos juros e maior eficiência. “Fatos, a despeito de muitas falsas narrativas lançadas por aqueles que não estão tolerando muito bem a competição e a transformação do setor”, escreveu.

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Mas a federação que representa os bancões não gostou. Em postagem feita também no Linkedin nesta quinta-feira(4), a Febraban disse que a publicação do CEO do Nubank evita “debates abertos” e deixou “muitas dúvidas”.

Além de pontuar que o roxinho gera menos impostos que os grandes bancos, a instituição levantou uma séria de questionamentos sobre o modelo de negócios “focado no lucro e nos juros altos”, com inadimplência maior que a dos pares.

“Seria uma firma estrangeira, com sede fiscal nas Ilhas Cayman, foco em extrair lucro no Brasil para investir no exterior, cobrando juros altos, tolerando elevada inadimplência e pagando poucos impostos?”, diz a nota da Febraban, questionando se os dados do Nubank mostram uma verdadeira inclusão financeira, como defende o CEO da fintech.

Em nota, o Nubank destacou que já apresentou sua posição e dados e que não pretende “ficar respondendo a ataques”. Não é a primeira vez que o embate surge entre a instituição que representa os bancões e as fintechs. Em outubro, a Febraban já tinha divulgado um estudo para mostrar que os impostos pagos pelos quatro maiores bancos brasileiros, uma alíquota média de IR e CSLL, era maior do que o pago pelas três maiores fintechs do País, graças à rentabilidade.

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O Nubank não tem licença bancária no Brasil e está entre as instituições que podem se ver obrigadas a mudar o nome graças à nova regulamentação do Banco Central, que proíbe que financeiras sem a licença utilizem os termos “banco” ou “bank”. A fintech pretende obter a licença bancária em 2026 para evitar a alteração na marca.

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Autor: Luíza Lanza

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