Tesouro barra Correios de seguir com contratação de empréstimo de R$ 20 bilhões com bancos
Os Correios suspenderam o processo de contratação de um empréstimo de cerca de R$ 20 bilhões com um grupo de bancos devido aos altos custos, confirmou a estatal nesta terça-feira (2) após fonte do Ministério da Fazenda ter informado a interrupção da operação mais cedo.
“A operação de crédito em negociação no valor de R$20 bilhões depende de autorização do Tesouro Nacional — que não permitiu contratações com juros acima do limite definido para operações com garantia da União”, afirmou a estatal em comunicado à imprensa.
Em outubro, os Correios anunciaram negociações para o empréstimo, na esperança de conseguir fortalecer liquidez financeira de curto prazo.
O resultado “muito ruim” dos Correios afetou o planejamento orçamentário do governo para este ano e pode ser ainda pior em 2026, disse uma autoridade do governo no mês passado.
“A diretoria executiva dos Correios segue trabalhando, em conjunto com os ministérios, na avaliação de alternativas que reforcem a liquidez imediata da firma, assegurando o andamento das iniciativas necessárias para a recuperação financeira da estatal”, afirmou a companhia no comunicado desta terça-feira.
Prejuízo
Os Correios fecharam o terceiro trimestre com prejuízo de R$1,7 bilhão, acumulando nos nove primeiros meses deste ano resultado negativo de R$6 bilhões ante prejuízo acumulado no mesmo período de 2024 de R$2,14 bilhões, segundo demonstração de resultado da companhia.
No balanço do terceiro trimestre, a firma afirmou que apesar de avançar no plano de transformação digital e operacional, “os Correios ainda enfrentam desafios estruturais que comprometem sua competitividade” e citou fatores como redução de receitas em linhas tradicionais, intensificação da concorrência em segmentos de maior rentabilidade, rigidez dos custos decorrente da obrigação de atender todos os municípios independentemente da demanda ou rentabilidade, e restrições de investimento em tecnologia, “agravadas pelo contexto de expansão do setor e pela inclusão da firma no Plano Nacional de Desestatização, entre 2021 e 2022”.
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Esta notícia foi originalmente publicada em:
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Autor: Reuters