A Berkshire Hathaway, do megainvestidor Warren Buffett, zerou a sua posição na firma chinesa BYD. A informação foi divulgada inicialmente pela CNBC no domingo (21).
O dado, identificado por um leitor do veículo, estava presente no relatório monetário do primeiro trimestre da Berkshire Hathaway Energy, subsidiária que detinha as ações da firma. No documento, o valor do investimento foi listado como zero em 31 de março, abaixo dos US$ 415 milhões no final de 2024.
Desde 2022, a Berkshire já vinha se desfazendo aos poucos de sua participação na fabricante de veículos elétricos. Após uma série de vendas, em junho de 2024, a firma de Buffett passou a deter menos de 5% da BYD e, com isso, deixou de ser obrigada a divulgar quaisquer reduções futuras, segundo as regras da Bolsa de Valores de Hong Kong.
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O megainvestidor não detalhou os motivos das vendas. Em 2023, disse à CNBC que a BYD era uma firma “extraordinária”, mas ressaltou que encontraria “coisas melhores para fazer com o dinheiro”.
Quando se tratam de investimentos da Berkshire Hathaway na fabricante chinesa, a história é longa e vem desde 2008, quando a firma de Buffett pagou US$ 230 milhões por cerca de 225 milhões de ações da montadora de veículos, então equivalentes a uma participação de 10%.
A aposta na companhia foi ideia de Charlie Munger, vice-presidente da Berkshire e braço-direito de Buffett, que faleceu em novembro de 2023. Durante um encontro anual do Daily Journal, Munger chegou a dizer que “nunca ajudou a fazer nada na Berkshire que fosse tão bom quanto a BYD”.
Reagindo à notícia da venda de ações, os papéis da firma chinesa recuaram 3,35% nesta segunda-feira (22) na Bolsa de Valores de Hong Kong, onde estão cotadas a US$ 109,70.
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Autor: Beatriz Rocha
