Aumento da produção da Petrobras (PETR4) no 3T25 pode garantir fortes dividendos? Citi responde
O Citi espera aumento na produção de petróleo da Petrobras no terceiro trimestre em relação ao trimestre anterior, impulsionado pela redução de perdas de produção devido a paradas de manutenção e pelo avanço de novas unidades. A estatal divulga seu relatório de produção e vendas no próximo dia 24.
No segmento de refino, a expectativa do Citi é de maior utilização e volume de vendas, influenciados pela sazonalidade. A produção de petróleo deve atingir cerca de 2,4 milhões de barris por dia, aumento de 5% sobre o trimestre anterior, o que, combinado com vendas de combustíveis mais altas, pode levar a Petrobras a anunciar dividendos resilientes à frente (dividend yield de 2%).
“No entanto, a tendência de aumento da alavancagem – com o menor preço do petróleo e o pagamento de dividendos ordinários acima da geração do e Fluxo de Caixa Livre (FCF) – reforça nosso ceticismo”, escrevem os analistas Gabriel Barra, Andrés Cardona e Pedro Gama, que mantiveram a recomendação Neutra para os papéis e o preço-alvo em R$ 31 por ação PN e US$ 12 por ADR ON, o que representa potencial de alta de 3% e 1,7% em relação ao fechamento de hoje.
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Além disso, o Citi comenta sobre o leilão de áreas não contratadas do pré-sal, com valor mínimo de R$ 10,2 bilhões. Dada a relevância dos campos no portfólio da Petrobras e seu papel como operadora, há uma alta probabilidade de participação da firma no leilão, o que pode impactar negativamente o dividendo ordinário do quarto trimestre em cerca de US$ 400 milhões.
O relatório também discute a possibilidade de a Petrobras aumentar sua presença no setor de distribuição de combustíveis. Caso a firma decida aumentar as suas vendas diretas de diesel, a Vibra, que possui a maior participação de mercado nesse segmento, pode ser a mais afetada.
No entanto, o Citi ressalta que ainda é difícil medir o apetite da Petrobras para ganhar participação de mercado nesse setor. O relatório sugere que a firma deve concentrar seus esforços em investimentos em projetos de águas profundas e pré-sal, onde possui altas taxas de retorno e expertise, ao invés de focar em segmentos de distribuição de combustíveis, que geralmente apresentam retornos menores.
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Autor: Rafaela Navarro