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Auren (AURE3) sente cortes no setor elétrico e fecha 3T25 com prejuízo de R$ 403,7 milhões; alavancagem sobe ainda mais

A geradora de energia Auren Energia (AURE3) reportou prejuízo líquido de R$ 403,7 milhões no terceiro trimestre deste ano (3T25), revertendo lucro de R$ 197,2 milhões do mesmo intervalo de 2024.

O resultado decorreu, sobretudo, de fatores conjunturais do setor elétrico, principalmente os altos níveis de corte de geração por restrições sistêmicas, o chamado curtailment, e do risco hidrológico (GSF, da sigla em inglês), que reduziram a geração efetiva e pressionaram margens.

No período, os cortes de geração atingiram 20,7% para a fonte eólica e 33,1% para a solar fotovoltaica, o dobro do observado um ano antes. O impacto líquido desses eventos foi de R$ 130 milhões. Sem os cortes, a geração da companhia alcançaria 98,3% do percentil 50, que é o valor esperado, destaca o diretor-presidente da firma, Fabio Zanfelice.

O GSF médio foi de 65%, também inferior ao do ano anterior, que era de 79%, e contribuiu para a perda adicional, já que reduziu a receita das usinas hidrelétricas. Por outro lado, a firma teve um efeito positivo de R$ 66 milhões devido ao portfólio diversificado.

Outro fator que impactou a companhia foi o menor consumo de energia em comparação com o mesmo período de 2024, em função das temperaturas mais amenas registradas este ano.

Dívida da Auren dispara no 3T25

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, da sigla em inglês) ajustado alcançou R$ 772,7 milhões no trimestre, queda de 10,4%, impactado por maiores custos. De julho a setembro, a receita líquida da firma totalizou R$ 3,537 bilhões, alta de 12,8%, na base anual de comparação.

A dívida líquida da firma fechou o trimestre em R$ 19,0 bilhões, aumento de 48,6% em relação ao mesmo intervalo de 2024. A alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda, fechou o período em 4,9 vezes, aumento de 1,2 vez.

Segundo o vice-presidente monetário e de Relação com Investidores da Auren (AURE3), Mateus Ferreira, a tendência da companhia é voltar a desalavancar ao longo dos próximos anos, chegando ao patamar entre 3 vezes a 3,5 vezes a relação dívida e Ebitda entre 2027 e 2028.

“A partir de 2027 vai acontecer por forte geração de caixa e crescimento do Ebitda”, afirmou o executivo da Auren Energia (AURE3), na divulgação do balanço do 3T25.

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Esta notícia foi originalmente publicada em:
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Autor: Estadão Conteúdo

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