Bitcoin renova recorde em meio a ‘shutdown’ nos Estados Unidos. O que está por trás dessa alta?
O bitcoin renovou a sua máxima histórica em meio ao ‘shutdown’ (paralisação da máquina pública) dos Estados Unidos e ao enfraquecimento do dólar. No domingo (5), a maior cripto em valor de mercado atingiu, pela primeira vez, a cotação de US$ 125,6 mil.
A postura ainda favorável do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) para novos cortes de juros nos EUA é o principal fator que alimenta o apetite dos investidores, especialmente o dos institucionais.
Dados da SosValue, plataforma de informações sobre criptomoedas, mostram que os ETFs de bitcoin à vista registraram nos primeiros dias de outubro uma entrada líquida de US$ 2,29 bilhões.
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Em paralelo, o shutdown que entrou em vigor na última quarta-feira (1) tem reforçado indiretamente a tese do bitcoin como ativo de proteção às incertezas políticas e econômicas do sistema monetário tradicional.
A correlação recente do BTC com os riscos fiscais americanos reforça seu papel como hedge alternativo. No curto prazo, o ativo pode testar a faixa de US$ 125.000 a US$ 127.000, com suporte inicial em US$ 120.000, diz André Franco, analista de investimentos cripto e CEO da Boost Research.
Como mostramos nesta reportagem, a paralisação da máquina pública americana aconteceu em função da falta de consenso no Congresso sobre o orçamento de 2026. Na prática, esses eventos resultam a suspensão de trabalhos não essenciais dos órgãos federais, deixando milhares de funcionários públicos sem salário até que o problema seja resolvido.
A situação obrigou o Departamento de Estatística do Trabalho dos EUA, responsável pelos dados do payroll, a suspender a divulgação do relatório, previsto para a última sexta-feira (5). Os números correspondem a principal métrica do país para avaliar o cenário econômico americano, além de ajudar o Fed a definir os próximos passos da política monetária.
Caso o shutdown se prolongue e o ouro continue avançando, o Bitcoin pode manter seu momentum altista, acrescenta Franco.
O otimismo não se resume apenas a combinação desses eventos. O mercado aguarda a aprovação de ETFs de diversas altcoins no início do mês nos Estados Unidos, reforçando um ambiente regulatório mais favorável para o setor. Litecoin, XRP e Solana devem ser os ativos beneficiadas com a aprovação. Às 9h (de Brasília), o bitcoin opera com alta de 0,76%, sendo negociado a US$ 124,3 mil, segundo dados da CoinMartketCap.
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Autor: Daniel Rocha