O bitcoin interrompeu a sequência de perdas e voltou a ganhar força com o retorno do apetite a risco dos investidores. Nas últimas 24h, o principal ativo digital desse mercado subiu 6,18%, sendo negociado a US$ 92,8 mil, segundo dados do CoinMarketCap. Os ganhos refletem uma correção técnica após a depreciação das últimas semanas e a entrada líquida de US$ 66,9 milhões nos ETFs de bitcoin à vista negociados nos Estados Unidos. O movimento, contudo, ainda não sinaliza uma recuperação consistente desse mercado.
Isso porque o mercado cripto continua vulnerável ao resultado da próxima reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), prevista para nos dias 9 e 10 de dezembro. A expectativa é de que a autoridade monetária dê continuidade ao ciclo de redução de juros. Como mostramos nesta reportagem, as apostas de um corte de 0,25 pontos percentuais voltaram a ganhar força, com a divulgação de novos dados econômicos, na reta final de novembro. Ainda assim, há riscos dos investidores serem surpreendidos de forma negativa.
Por esse motivo, a tendência de curto prazo é que o bitcoin fique refém de correções ‘modestas’ até uma definição concreta sobre os próximos passos da política monetária dos EUA. “Sem um catalisador adicional forte, como grande fluxo de entrada nos ETFs, novos dados macro extraordinários, decisão oficial de política monetária, o movimento de alta provavelmente será modesto, com chances altas de consolidação ou leve oscilação lateral com viés de alta”, diz André Franco, analista de investimentos cripto e CEO da Boost Research.
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Autor: Daniel Rocha
