Breaking: J&F entra na energia nuclear e vira sócia do governo em Angra 3
A J&F, conglomerado controlado pela família Batista, deu um novo passo em sua expansão no setor de energia ao fechar a compra da fatia da Eletrobras na Eletronuclear, responsável pelas usinas de Angra 1, 2 e 3. O negócio, de R$ 535 milhões, foi anunciado nesta quarta-feira (15) pela Âmbar Energia, braço do grupo para geração elétrica.
Com a operação, a Âmbar passa a deter 68% do capital total e 35,3% do capital votante da Eletronuclear — participação que antes estava nas mãos da Eletrobras. A União continuará como controladora, por meio da estatal ENBPar, que mantém 64,7% das ações com direito a voto e cerca de 32% do capital total.
O acordo marca a entrada da J&F na energia nuclear, setor historicamente dominado pelo governo e que enfrenta o desafio bilionário de concluir a usina Angra 3, parada há quase quatro décadas e símbolo de ineficiência e sobrecustos.
J&F e Angra 3
A Eletronuclear opera hoje Angra 1 (640 MW) e Angra 2 (1.350 MW), ambas com contratos de longo prazo até 2044 e 2040, respectivamente, garantindo previsibilidade de receitas. Em 2024, a firma registrou R$ 4,7 bilhões de receita líquida e R$ 545 milhões de lucro.
“A energia nuclear combina estabilidade, previsibilidade e baixas emissões, características fundamentais num momento de descarbonização e de crescente demanda por eletricidade impulsionada pela inteligência artificial e pela digitalização da economia”, disse Marcelo Zanatta, presidente da Âmbar Energia, em nota.
O grupo, que já opera 50 unidades de geração entre solares, hidrelétricas, térmicas e biogás, e, agora, passa a dividir com o governo federal o desafio (e o risco) de tirar Angra 3 do papel.
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Autor: Rikardy Tooge