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Com aumento da oferta global, Vale reduz estimativa de produção de minério de ferro para 2026

A Vale, uma das maiores fornecedoras de minério de ferro do mundo, reduziu sua projeção de produção da matéria-prima siderúrgica para 2026, em meio ao arrefecimento da demanda global e ao aumento da oferta vinda da África.

A companhia brasileira mira a produção de 335 milhões a 345 milhões de toneladas de minério de ferro no próximo ano, informou em comunicado nesta terça-feira, antes de seu evento anual com investidores em Londres. A estimativa é inferior à projeção anterior para 2026, de 340 milhões a 360 milhões de toneladas. A Vale deverá entregar cerca de 335 milhões de toneladas neste ano, próximo ao limite superior de sua faixa de guidance.

A firma, sediada no Rio de Janeiro, já foi a maior produtora mundial de minério de ferro até que o desastre da barragem em 2019 obrigou a companhia a reduzir a produção em uma de suas principais operações e a ceder o posto para a Rio Tinto Group. Desde então, a Vale enfrenta dificuldades para recuperar seus níveis históricos de produção, de 385 milhões de toneladas.

O CEO Gustavo Pimenta disse à Bloomberg News no mês passado que a Vale espera que a produção de aço da China se estabilize em cerca de 1 bilhão de toneladas por ano, enquanto a demanda aumenta em outros mercados, especialmente na Índia e no Vietnã.

Os preços do minério de ferro subiram este ano e têm se mantido acima de US$ 100 por tonelada desde o início de agosto. Alguns analistas esperam que os preços caiam abaixo desse patamar no ano que vem, à medida que a oferta das grandes mineradoras e do projeto Simandou, na Guiné, aumenta e a demanda chinesa diminui.

A Vale estimou capex entre US$ 5,4 bilhões e US$ 5,7 bilhões para o próximo ano, abaixo da previsão anterior de US$ 6,5 bilhões. Ao longo deste ano, a firma reduziu sua projeção anual de investimentos duas vezes, chegando a US$ 5,5 bilhões. O número é acompanhado de perto por investidores, já que ajuda a determinar quanto estará disponível para pagamento de dividendos.

A Vale realiza seu encontro com investidores em Londres nesta terça-feira (2), ocasião em que os acionistas aguardam detalhes sobre alocação de capital e os compromissos da gestão em relação a dividendos e recompra de ações.

O futuro da unidade de níquel e cobre da Vale é um dos principais temas de interesse. A firma separou o negócio de suas operações de minério de ferro em 2023, criando a subsidiária Vale Base Metals. A divisão vem avaliando uma potencial oferta pública inicial (IPO), com o CEO Sean Usmar indicando, em outubro, que o negócio poderia estar pronto para abertura de capital em 12 a 18 meses.

A Vale “ficou para trás na corrida do cobre” e está focada em recuperar terreno desenvolvendo seus próprios ativos no Brasil e no Canadá, disse Pimenta em setembro. A companhia agora projeta produzir cerca de 700 mil toneladas de cobre até 2035, quase o dobro da produção estimada de 370 mil toneladas para este ano. A produção de níquel é estimada entre 175 mil e 200 mil toneladas em 2026, um leve aumento em relação a este ano.

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Autor: Bloomberg

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