Copa do Mundo de 2026: veja os grupos definidos, quais seleções são as favoritas e que país lidera as apostas para conquistar o Mundial
Nesta sexta-feira (5), em Washington, a Federação Interacional de Futebol (FIFA) definiu os 12 grupos da Copa do Mundo masculina de 2026, torneio que será disputado entre 28 de junho e 19 de julho. O sorteio, transmitido ao vivo, cumpre uma das etapas mais simbólicas do ciclo do Mundial. É ele que determina o caminho inicial de cada seleção e permite que federações, patrocinadores, torcedores e emissoras comecem a organizar a logística do torneio.
Amanhã, no sábado, a entidade divulgará a tabela completa com datas, horários e estádios. A Copa já conta com 42 seleções classificadas. Outras seis serão definidas em março, nas repescagens continental e global. A seguir, confira a composição dos grupos.
Grupos da Copa de 2026
- Grupo A: México, África do Sul, Coreia do Sul e Repescagem Europa 4
- Grupo B: Canadá, Repescagem Europa 1, Qatar e Suíça
- Grupo C: Brasil, Marrocos, Haiti e Escócia
- Grupo D: EUA, Paraguai, Austrália e Repescagem Europa 3
- Grupo E: Alemanha, Curação, Costa do Marfim e Equador
- Grupo F: Holanda, Japão, Repescagem Europa 2 e Tunísia
- Grupo G: Bélgica, Egito, Irã e Nova Zelândia
- Grupo H: Espanha, Cabo Verde, Arábia Saudita e Uruguai
- Grupo I: França, Senegal, Repescagem Mundial B e Noruega
- Grupo J: Argentina, Argélia, Áustria e Jordânia
- Grupo K: Portugal, Repescagem Mundial A, Uzbequistão e Colômbia
- Grupo L: Inglaterra, Croácia, Gana e Panamá
Favoritismo e odds para a Copa do Mundo de 2026
As odds a seguir foram apuradas a partir da Superbet e do modelo estatístico da Opta. As cotações podem variar entre casas, mas esse conjunto representa o espírito atual do mercado internacional.
| Seleção | Odd 2026 (Superbet / Goal) |
|---|---|
| Espanha | 5,5 a 6,0 |
| Inglaterra | 7,0 |
| França | 8,0 |
| Brasil | 9,0 |
| Argentina | 9,0 |
| Alemanha | 11,0 a 13,0 |
| Portugal | 13,0 a 15,0 |
| Holanda | 20,0 a 21,0 |
| Outras seleções (média) | acima de 30,0 |
Por que cada seleção aparece entre as favoritas
A Espanha lidera praticamente todos os modelos. O time combina profundidade, renovação técnica e um estilo de jogo que voltou a ser dominante nas Eliminatórias europeias com Lamine Yamal. A equipe aparece com 17% de chance no modelo Opta, o maior índice entre as 48 seleções. A odd entre 5,5 e 6,0 reflete um forte consenso de probabilidade real de título.
A França, vice-líder por estatística, tem 14,1% de chance segundo a Opta. O elenco da atual vice-campeã conta com Mbappé, Michael Olise e Ousmane Dembélé, atual vencedor da bola de ouro. A odd de 8,0 indica um time ainda muito temido, mas com volatilidade típica da seleção francesa.
A Inglaterra apresenta 11,8% de probabilidade e odd de 7,0. A geração inglesa, que conta com Harry Kane no ataque, é tecnicamente a mais valiosa do planeta em termos de mercado, e essa precificação reforça a posição entre as três favoritas.
A Argentina, atual campeã, chega com 8,7% e odd de 9,0. O time vive sua fase mais estável em décadas, com estrutura tática consolidada após o título de 2022. Mesmo sem Messi no auge, o país mantém peso histórico que influencia tanto modelos estatísticos quanto mercados de aposta.
A Alemanha aparece com 7,1% no índice Opta e odds entre 11 e 13. O país vive reconstrução pós-2018, com convocações valiosas como o meio-campista Florian Wirtz. O mercado precifica a seleção alemã com expectativa de melhora do desempenho.
Portugal, com 6,6% e odds na casa de 13 a 15, conta com elenco vasto, recheado de talentos que brilham semanalmente nas principais ligas europeias. Em 2026 a equipe deve buscar fazer jus a última copa de Cristiano Ronaldo.
A Holanda surge como “zebra tradicional”, com odds acima de 20,0. O camisa 10 do Corinthians, Memphis Depay, ocupa a posição de atacante na seleção holandesa, no entanto, a equipe não se destaca tanto quando às demais favoritas.
O Brasil chega com odd de 9,0 e 5,6 % de chance segundo a Opta. A seleção brasileira, que leva Vinicius Jr. como ponta-atacante, é precificada abaixo das europeias e da atual campeã atual, mas não excluída do rol das potências que podem surpreender no Mundial – afinal, parte do campeonato será disputado em solo amerficano, o mesmo que conferiu o tetracampeonato à seleção.
Entendendo as zebras
Odds acima de 30,0 representam retornos muito altos porque sinalizam chances estatísticas inferiores a 3%. São seleções com menor profundidade de elenco, histórico mais frágil em competições internacionais ou ciclo irregular. Entram aqui equipes como Equador, Japão, Colômbia, Croácia e Uruguai, dependendo da casa de aposta.
O risco das apostas e o impacto social
Apostas não são investimento. São entretenimento de risco. A volatilidade não é controlável, não há expectativa de retorno médio positivo e não existe construção de patrimônio possível nesse tipo de operação. É uma atividade recreativa que exige limites rígidos.
O Brasil reúne hoje cerca de 10,9 milhões de jogadores com comportamento de risco, segundo o LENAD III, estudo da Unifesp sobre hábitos de jogo no país. Destes, 1,4 milhão se enquadram em critérios de transtorno do jogo, uma condição clínica que provoca prejuízo monetário, emocional e familiar. O número mais alarmante aparece entre os grupos mais vulneráveis. Pessoas que ganham até um salário mínimo têm três vezes mais probabilidade de desenvolver comportamento problemático. Entre menores de idade, embora a prática seja proibida, 4% relataram apostar online e mais de 55% já apresentam risco elevado de vício.
O crescimento das apostas no Brasil precisa ser observado com atenção. É uma indústria bilionária, mas com efeitos colaterais importantes. A regulamentação recente incluiu mecanismos de proteção, porém especialistas da área de saúde pública reforçam a necessidade de políticas de prevenção, educação e restrição de publicidade para jovens.
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Autor: Igor Markevich