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De olho no futuro da economia digital, ethereum veste novo ‘modelito’ Fusaka hoje. O que muda?

O grande dia do ethereum (ETH) chegou. A segunda maior criptomoeda do mercado, negociada na faixa dos US$ 3 mil nesta quarta-feira (3), vai passar por uma nova atualização hoje, por volta das 18h50. O nome do seu novo “modelito” é Fusaka.

O nome Fusaka combina Fulu e Osaka, apelidos das duas camadas principais da cripto (partes de sua blockchain): a de execução e a de consenso. A camada de execução é onde tudo acontece: as transações, a criação de contratos inteligentes e o movimento de tokens. Já a camada de consenso funciona como o sistema de segurança da rede, validando e confirmando cada transação para que todos concordem com o que aconteceu.

Essas camadas foram criadas durante a famosa atualização Merge, em 2022, que modificou completamente a forma como a criptomoeada é gerada – dando um ar mais “eco-friendly”. Antes só existia uma. Essa separação, além de alterar a mineração (emissão) de ether, permitiu que a rede ficasse mais “moderninha” sem comprometer a segurança. A ideia é que a Fusaka reforce essa estrutura e deixe as transações mais rápidas e baratas.

Vale uma nota: Fulu é também uma estrela da constelação de Cassiopeia, enquanto Osaka faz referência à cidade japonesa que recebeu um encontro da comunidade Ethereum em 2024.

Qual impacto?

O efeito tende a ser mais estrutural na rede da criptomoeda. Especialistas acreditam que a atualização reforça uma das principais teses de longo prazo do ether – ou seja, se firmar ainda mais como uma infraestrutura para o desenvolvimento de uma economia digital.

Lembrando que, diferente do bitcoin, o ethereum funciona como um grande ecossistema flexível onde qualquer um pode construir. E vale de tudo: projetos de tokenização (processo de transformar ativos em tokens da blockchain), plataformas de empréstimo, emissão de novas moedas – como stablecoins – e um universo que não para de crescer.

Hoje, de acordo com levantamento da RWA.xyz, firma de análise especializada em ativos tokenizados, todo o ecossistema global de tokens em blockchain soma US$ 18,41 bilhões em todo o mundo. O ethereum, sozinho, responde por 64,4% do mercado.

“O ethereum já é hoje a principal plataforma de contratos inteligentes, mas para sustentar esse papel precisa continuar evoluindo sem abrir mão de segurança nem de descentralização – e é exatamente isso que a Fusaka busca entregar”, disse Murilo Cortina, diretor de novos negócios da QR Asset Management.

Entre as alterações previstas, uma das mais importantes impactará os rollups, nome dado às soluções tecnológicas que rodam em cima do ethereum e ajudam a dar vazão ao sistema. A partir da mudança, esses protocolos com nome estranho não vão precisar carregar tantos dados para estar na rede. Como assim?

Por ter muita gente usando a rede do ethereum, o ecossistema acaba ficando congestionado, quase como uma rodovia em horário de pico. Os rollups funcionam como estradas menores que se conectam à via principal, ajudando a desafogar o tráfego e tornando tudo mais rápido.

Até agora, para operar no ethereum, eles precisavam carregar uma grande quantidade de dados, o que tornava o processo mais caro. Com a atualização Fusaka, eles vão precisar armazenar e transmitir menos dados, o que reduz custos e aumenta a fluidez da rede.

E o preço?

O ETH é negociado a US$ 3.072, com alta de 2% – pela manhã, chegou a ficar com valorização de 9%. Parte do movimento vem do clima positivo em torno da Fusaka, mas o humor mais amplo do mercado ajudou mais.

Os ETFs de bitcoin (BTC) nos EUA já acumulam cinco dias seguidos de entradas – algo que não acontecia desde o início de outubro -, e essa volta dos compradores de cripto repercutiu no ether e em todo o mercado.

Algumas notícias também ajudaram, como a aproximação de gigantes monetários – a gestora Vanguard, segunda maior do mundo, e o Bank of America, um dos maiores dos EUA, para ser exato – no mercado cripto.

Apesar de algum otimismo hoje e da expectativa pela atualização, a perspectiva de preço para o mês segue moderada. O Itaú, em relatório publicado ontem, avalia que o ether pode entrar em tendência de baixa no médio prazo agora em dezembro, com alvos em US$ 1.863 e US$ 1.578 (R$ 9.900 e R$ 8.385 – o banco usa preços em real). Segundo a instituição financeira, em caso de recuperação a cripto pode avançar para US$ 3.138 (R$ 16.675) – preço próximo o nível atual.

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Autor: Lucas Gabriel Marins

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