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Depois da alegria, o maremoto: Ibovespa derrete e dólar sobe com futuro das eleições em jogo

As especulações em torno do futuro das eleições presidenciais no Brasil começaram de vez a mexer com o humor dos investidores. Depois dos recordes do Ibovespa ao longo da semana, o mercado inverteu totalmente a direção na sessão de hoje com a notícia de que o senador Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, teria sido o escolhido pelo pai para concorrer à Presidência.

A informação de que Bolsonaro escolheu seu filho como candidato foi divulgada pelo portal Metrópoles e pela CNN, que afirmam que a escolha do integrante da família foi comunicada a interlocutores. A notícia joga um balde de água fria nas expectativas do mercado em torno na indicação do atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, como candidato.

Na leitura de operadores de mercado, os investidores receberam mal a notícia porque veem em Tarcísio um nome mais forte para disputar a cadeira com o presidente Lula, em especial com a agenda liberal que ele poderia trazer e pelo descolamento da sua imagem diretamente de Bolsonaro – algo que um membro da família não conseguiria fazer.

Perto das 15h30, o Ibovespa recuava 3,10%, aos 159.356 pontos, enquanto o dólar subia 2,44%, aos R$ 5,4350. Os contratos de juros futuros também disparam no dia, com todos os vencimentos entre 2027 e 2033 oscilando acima dos 13% – um claro sinal de aumento da aversão ao risco.

A volatilidade elevada do dia também motivou o Tesouro Nacional a interromper as negociações com títulos públicos, prerrogativa usada para evitar uma distorção nos preços em momentos como esse. No site do Tesouro Direto, já não é possível negociar outros papéis que não aqueles atrelado à Selic.

Venda de ações em bloco derruba Azzas e Allos

Um grande investidor institucional vendeu um bloco grande de ações de duas firmas – a Allos e a Azzas – na manhã desta sexta-feira (5). O movimento indica que as oscilações recentes das ações deixaram espaço para que grandes acionistas vendam papéis para obter lucro ou para ajustar seus portfólios.

As vendas de blocos de ações, ou block trade, ocorrem por muitos motivos. Nesse caso, um grande acionista faz esse movimento quando vê oportunidade de lucrar com os papéis após um período de valorização deles na bolsa ou porque quer executar uma estratégia específica para a firma ou para a carteira de investimentos como um todo.

Quem vendeu os papéis das duas firmas na bolsa foi o fundo de pensão canadense CPPIB. Na Allos, o fundo detém hoje 14% das ações. Foram 23 milhões de ações vendidas a R$ 28,38 o papel, totalizando R$ 650 milhões. Os papéis caem 4,51% na bolsa, entre as maiores baixas das ações integrantes do Ibovespa.

Na Azzas, o fundo tem 5,1% do capital. O bloco de venda foi de 10 milhões ações, com preço de R$ 27,10. Ou seja: a operação movimentou R$ 270 milhões. As ações da companhia recuam 5,79%, segunda maior baixa entre os papéis do principal índice da bolsa.

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Autor: Juliana Machado

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