Depois de bater recorde, ouro tem maior queda em quatro anos
O ouro teve a maior queda em quatro anos, após semanas de alta.
O ouro em barra caiu 3,8%, após atingir um novo pico de US$ 4.381,52 a onça na segunda-feira (20).
A demanda por metais preciosos, como o ouro, esfriou um pouco, já que o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente da China, Xi Jinping, devem se reunir em breve para resolver suas diferenças comerciais, e uma onda sazonal de compras na Índia chegou ao fim.
O fortalecimento do dólar encareceu boa parte dos metais preciosos.
“Os traders têm se preocupado cada vez mais com correção e consolidação”, disse Ole Hansen, estrategista de commodities do Saxo Bank AS. “É durante as correções que a verdadeira força do mercado é revelada, e desta vez não deve ser diferente, com uma oferta subjacente provavelmente mantendo qualquer recuo limitado.”
Com a paralisação do governo americano em curso, os traders de commodities também ficaram sem uma de suas ferramentas mais valiosas: o relatório semanal da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (Commodity Futures Trading Commission), que indica como os fundos de hedge estão posicionados nos contratos futuros de ouro e prata nos EUA.
Sem os dados, os especuladores podem estar mais propensos a construir posições anormalmente grandes de uma forma ou de outra.
“A ausência de dados de posicionamento ocorre em um momento delicado, com um potencial acúmulo de exposição especulativa comprada em ambos os metais, tornando-os mais vulneráveis à correção”, disse Hansen.
A volatilidade dos metais preciosos aumentou nos últimos dias, com os traders buscando se proteger contra potenciais quedas de preços em outras partes de suas carteiras ou lucrar com a queda. Mais de 2 milhões de contratos de opções vinculados ao maior fundo negociado em bolsa lastreado em ouro do mundo foram negociados na quinta e sexta-feira da semana passada, superando um recorde anterior.
Queda da prata
A prata também despencou após uma alta de quase 80% neste ano — com ganhos impulsionados por alguns dos mesmos fatores macroeconômicos que sustentam o ouro, além de uma pressão histórica no mercado londrino.
Os preços de referência estão sendo negociados acima dos futuros de Nova York, o que levou os investidores a enviar o metal para a capital do Reino Unido para aliviar a pressão. Na terça-feira, a prata em cofres vinculados à Bolsa de Futuros de Xangai registrou a maior saída de prata em um único dia desde fevereiro, enquanto os estoques de Nova York também caíram.
O ouro caiu 3,4%, para US$ 4.208,73 a onça, às 14h21 em Londres. A prata caiu 5,1%, para US$ 49,78 a onça, após despencar até 6,2%.
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Esta notícia foi originalmente publicada em:
Fonte original
Autor: Bloomberg