Os mercados globais fecharam o primeiro pregão de dezembro em tom negativo, refletindo sinais de aperto monetário no Japão e expectativa pelo discurso de Jerome Powell. A possibilidade de alta nos juros japoneses elevou os rendimentos dos Treasuries, enquanto as bolsas em Nova York recuaram após PMIs mistos e à espera de dados de emprego e inflação nos EUA. Na Europa, os índices também terminaram em baixa, pressionados por indicadores industriais fracos e acompanhando a queda do Nikkei diante da valorização do iene. Entre as commodities, o petróleo avançou mais de 1%, sustentado pela decisão da Opep+ de manter a produção e pela interrupção de um oleoduto no Cazaquistão.
No Brasil, o Ibovespa acompanhou o tom defensivo externo e fechou em queda de 0,29%, aos 158.611 pontos, com giro monetário de R$ 22 bilhões, em dia marcado por ajustes técnicos e expectativa por indicadores locais e internacionais. A valorização do petróleo e do minério de ferro (+1,14% em Dalian) trouxe algum suporte, mas não foi suficiente para reverter o movimento. As taxas de juros futuros subiram, acompanhando a alta dos Treasuries, enquanto o dólar avançou 0,46% frente ao real, cotado a R$ 5,36. Na agenda doméstica, o Boletim Focus mostrou nova revisão para baixo das expectativas de inflação para 2025 e 2026, reforçando a tendência de desinflação, mas sem alterar projeções para Selic e câmbio. Apesar disso, o Banco Central manteve discurso conservador, indicando que as expectativas ainda caem menos do que gostaria, o que sustenta apostas de corte apenas a partir de março.
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Autor: Ágora Investimentos
