Entre educação e mídia, Chaim Zaher inaugura sede de sua escola de direito e atrai a elite política
O empresário Chaim Zaher inaugurou nesta sexta-feira (12) seu mais novo investimento, a nova sede da Escola Paulista de Direito (EPD), projeto que custou cerca de R$ 80 milhões ao Grupo SEB, fundado em 1969 e comandado até hoje por Zaher. A inauguração da nova sede da EPD também funcionou como termômetro do prestígio acumulado pelo empresário ao longo de décadas no ramo da educação.
O evento reuniu o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, o secretário estadual de Relações Institucionais de São Paulo, Gilberto Kassab, e o prefeito da capital, Ricardo Nunes, que fez questão de comparecer mesmo em meio à crise de falta de energia que atinge a capital paulista nesta semana. “Não foi por acaso, aproveitamos que haveria a inauguração do SBT News hoje para chamarmos todo mundo”, brinca Zaher.
O edifício de 11 andares na Bela Vista, em São Paulo, abrigava até pouco tempo atrás um campus da FGV, mas o Grupo SEB, dono do imóvel, optou por reaver o prédio para instalar a sede da EPD, instituição comprada em 2016 pelo conglomerado educacional.
Aos 71 anos, Zaher construiu um grupo que atende cerca de 500 mil alunos no Brasil e no exterior, com atuação da educação básica ao ensino superior especializado. No ano passado, o Grupo SEB (Sistema Educacional Brasileiro) faturou pouco mais de R$ 500 milhões, reunindo cerca de R$ 900 milhões em ativos. Segundo a revista Forbes, a fortuna da família Zaher gira em torno dos R$ 3,5 bilhões.
O SEB reúne marcas do ensino básico e fundamental como Pueri Domus, COC e Escola Concept, além da EPD e da Harven Agribusiness School nos cursos de graduação e pós-graduação. No ano passado, recebeu um aporte de R$ 415 milhões da gestora Kinea para ampliar a oferta de escolas de alta performance.
O grupo também é responsável pela expansão da Maple Bear no Brasil, a maior rede de escolas bilíngues do mundo. A família Zaher é ainda a maior acionista individual da Yduqs, um dos principais grupos de ensino superior do país, com 12,16% de participação.
Mídia
Nos últimos anos, o empresário ampliou sua atuação para a mídia. Por meio do Sistema Thathi de Comunicação, comprou recentemente emissoras afiliadas do SBT no interior de São Paulo, além de ser dono de uma afiliada da Band no litoral paulista – todas sob a marca TH+ – além da rádio Nova Brasil FM.
O grupo de rádio e TV dos Zaher carrega no nome uma homenagem direta às quatro filhas: Thalita, Thamila, Thiciana e Thiara. A família, aliás, é um elemento central da estratégia de longo prazo do grupo. Casado há 45 anos com Adriana Baptiston Zaher, Chaim a considera a principal responsável pela consolidação e expansão do braço educacional do grupo.
Enquanto Chaim Zaher se posicionou como investidor, formulador e articulador institucional, Adriana liderou a estruturação acadêmica, as metodologias e a organização das marcas. “Eu nem fiquei sabendo quanto investimos aqui, é a Adriana quem cuida de tudo”, afirmou.
Transição
Zaher afirma que já iniciou a transição de comando de seus negócios de educação e mídia para a próxima geração. As quatro filhas foram incorporadas aos negócios desde cedo, mas Thamila Zaher, a terceira número três, desponta como a figura mais visível da nova geração. Ela também representa a família no conselho da Yduqs.
Hoje, Zaher diz que seu papel é mais institucional e de mentoria do que de comando no dia a dia. “Me considerem como sal. Quando a comida está temperada, todo mundo come e ninguém reclama. Falta o sal no filé para ver”, disse, ao explicar que sua função agora é ajustar e acompanhar, não liderar diretamente.
Zaher chegou ao Brasil em 1960 e iniciou a trajetória profissional no ensino como porteiro de cursinho. Filho de professor, construiu um grupo educacional de escala, mas rejeita a ideia de que suas decisões sejam guiadas apenas por retorno monetário.
“A gente não pensa só quando faz investimento ou retorno monetário. A gente faz coisas que gosta, faz aquilo que dá prazer”, afirmou. Segundo ele, essa lógica explica tanto a expansão no ensino quanto a entrada no setor de mídia: “Ninguém segura quem faz o que gosta”.
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Autor: Rikardy Tooge