FGC vai indenizar 1,6 milhão de investidores após liquidação do Banco Master; veja como se cadastrar

O Banco Master tem 1,6 milhão de clientes com R$ 41 bilhões de ativos cobertos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), informou nesta terça-feira (18) o próprio órgão, que serve para proteger investidores de calotes no mercado monetário.

Pela manhã, o Banco Central (BC) anunciou a liquidação do Banco Master, o que significa o seu fechamento, mas o FGC será obrigado a honrar todos os depósitos do banco, no valor de R$ 250 mil por pessoa física.

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“As instituições liquidadas possuem uma base estimada de 1,6 milhão de credores com depósitos e investimentos elegíveis ao pagamento da garantia, que somam um valor aproximado de R$ 41 bilhões”, afirmou o FGC.

Apesar de o Master ter R$ 41 bilhões cobertos pelo FGC, o valor que de fato será desembolsado pelo fundo dependerá da análise a ser feita pelo liquidante, no caso, a EFB Regimes Especiais de firmas.

Caberá à liquidante fazer todo o levantamento de ativos e passivos do Master, para só então chegar ao valor final que será pago pelo FGC, e então organizar a fila de pagamentos. Dos R$ 41 bilhões, serão descontados os ativos do Master, ou seja, investimentos que poderão ser vendidos para cobrir as obrigações do banco. A expectativa é de que esse número seja conhecido na próxima semana.

Com cerca de R$ 120 bilhões em seu fundo de liquidez, o FGC vai se concentrar, de imediato, no pagamento dos investidores elegíveis, processo que deve começar em aproximadamente 30 dias, tempo médio registrado nos últimos cinco casos de liquidação.

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Como receber os valores devidos

Com as informações em mãos, o FGC liberará a solicitação em seu aplicativo para que os credores cadastrem uma conta bancária para recebimento e enviem os documentos necessários. O aplicativo pode ser baixado para Android e iOS.

No caso de firmas credoras, um representante deve solicitar a garantia pelo Portal do Investidor do fundo. O pagamento será feito para uma conta com o mesmo CNPJ e nome da firma.

Fontes ouvidas pela Estadão/Broadcast apontam que um plano para recomposição e reenquadramento do fundo de liquidez do FGC deve ser aprovado no ano que vem, provavelmente no primeiro semestre. Segundo o regimento do fundo, o plano pode levar à antecipação em cinco anos das contribuições mensais feitas pelas instituições financeiras.

O FGC alerta que não existem instituições ou firmas autorizadas ou credenciadas a intermediar o recebimento dos valores relativos ao Banco Master e que não cobra taxas nem solicita depósitos prévios.