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Fusão entre Nippur e SYM cria gigante de R$ 12 bi em SC e inicia expansão nacional; Brasília é ponto de partida

No mercado monetário, é comum que produtos, serviços e até jogos populares sejam utilizados como metáforas para explicar uma movimentação ou outra. Esta semana, o E-Investidor usou “jogo de rouba monte” para descrever o momento das assessorias de investimento em referência à disputa dos profissionais pelas mesmas fortunas.

A Nippur Finance, um dos escritórios credenciados à XP Investimentos de maior destaque, anunciou nesta segunda-feira (1) uma fusão com a SYM Investments. E usa uma outra metáfora para descrever a estratégia da operação: o jogo War.

Trata-se de jogo de tabuleiro que foi muito popular no Brasil. Nele, os jogadores disputam pela conquista de territórios e objetivos e precisam usar planejamento, tomada de decisões estratégicas e negociação para conquistar um território, defendê-lo e, então, buscar novas expansões.

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A fusão com a SYM tem um pouco desse propósito. A Nippur surgiu em 2015 em Herval D’Oeste, um município de pouco mais de 20 mil habitantes localizado a 400 quilômetros de Florianópolis, a capital de Santa Catarina. Para crescer, precisou buscar novas praças e, assim, foi se expandindo e se fortalecendo no interior sul-catarinense.

Era o primeiro império daquele jogo de War. “Fomos crescendo em várias cidades do interior onde não existia concorrência. Ninguém ia sair da Faria Lima para visitar clientes em Herval D’Oeste“, diz o CEO Marcelo Caleffi.

Enquanto a Nippur crescia pelo interior, a SYM focava as estratégias na capital e nas grandes cidades do Estado, como Blumenau, Criciúma e Itajaí. Fundada em 2017 por Gustavo Marx, Gustavo Della e Gustavo Francavilla, foi assim que o escritório conquistou R$ 3 bilhões sob assessoria.

“A fusão é mais do que a união de duas firmas — é a convergência de culturas, propósitos e sonhos”, afirma Gustavo Della, cofundador e CEO da SYM Investments. “Mais do que ampliar nossa escala, este movimento consolida uma estrutura de governança sólida, capaz de sustentar o crescimento e garantir perenidade para o negócio e para nossos clientes”, complementa Gustavo Marx, cofundador e presidente do Conselho da SYM.

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A fusão se dá via troca de ações. Por ora, ambas vão seguir com as marcas separadas.

Unindo as forças, as duas firmas criam um negócio que tem R$ 12 bilhões sob custódia, 250 profissionais e 18 unidades físicas – o terceiro escritório de assessoria do País em números de filiais, segundo Marcelo Caleffi. E que ainda coloca a Nippur na região Centro-Oeste pela primeira vez; a SYM já tinha um escritório em Brasília.

É a fase dois do jogo de war: depois da conquista de “100% de SC”, a nacionalização.

“Vamos aumentar cada vez mais nossa exposição em nível nacional, começando por Brasília e em outros Estados do Sul, onde ainda tem bastante espaço para crescer”, diz Caleffi. Depois, o objetivo é olhar mercados do Sudeste e replicar nesses Estados a fórmula usada em SC, mas fugindo de São Paulo, uma praça “muito óbvia”, destaca o CEO da Nippur, que já é bem atendida.

Meta é se tornar o principal ecossistema monetário do Brasil

A meta é se tornar o principal ecossistema monetário do Brasil, com um atendimento 360º da carteira do cliente. “Com o ecossistema que montamos, conseguimos atender todas as necessidades de uma pessoa física, não importa o que ela queira. Financiamento imobiliário, consórcio, sucessão, investimento, previdência, exterior”, destaca Caleffi.

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Hoje, além do serviço de assessoria, a Nippur mantém mesas próprias de câmbio, crédito, investment banking e seguros. No início do ano, o escritório comprou também o Grupo Arko, uma firma de consórcios com forte capilaridade na região Sul.

Só falta uma asset própria, objetivo que também está nos planos. O CEO da Nippur explica que isso vai entrar no radar assim que a integração das operações com a SYM for concluída, mas diz que ainda não sabe se a gestora vai ser construída do zero ou virá via M&A.

As operações de fusões e aquisições estão em alta entre as assessorias. Há grandes players comprando escritórios menores para se consolidar, mas também casas médias unindo forças para dar tração ao negócio e tentar sobreviver ao ambiente macro. No geral, especialistas dizem que um escritório precisa ter ao menos R$ 1 bilhão sob custódia para compensar os custos da operação e não ter de fechar as portas.

Com a chegada da SYM, a Nippur consegue um tamanho suficiente para não correr esse risco. “Dado a evolução do mercado, o nível de responsabilidade, compliance, qualidade, monitoramento exige estruturas de praticamente um banco de investimento. O que muitas vezes acaba acontecendo é que os escritórios não conseguem controlar o custo, porque isso é inevitável uma onda muito grande de M&As nos próximos anos”, pontua Caleffi. “É preciso ser rentável.”

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Autor: Luíza Lanza

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