Ibovespa futuro tem leve alta após produção industrial fraca; dólar recua a R$ 5,35

O Ibovespa futuro avança levemente 0,14%, aos 159.900 pontos nesta terça-feira (2). As atenções do mercado estão na produção industrial brasileira em outubro e no Vale Day em Londres.
O Índice Bovespa tende a se favorecer do ambiente externo ameno em meio à agenda esvaziada nos EUA e alta de 0,50% do minério de ferro na China. A queda do petróleo (0,30%) deve ser contraponto. Ontem, o índice fechou em baixa de 0,29%, aos 158.611,01 pontos, em um movimento de correção após recordes recentes.
No exterior, as bolsas de valores internacionais têm ajustes moderados nesta manhã, com foco no quadro geopolítico. Investidores aguardam o encontro do enviado do presidente Donald Trump, Steve Witkoff, com o presidente russo Vladimir Putin para discutir propostas para encerrar a guerra na Ucrânia.
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Além disso, o discurso da vice-presidente de Supervisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Michelle Bowman, no Comitê de Serviços monetários da Câmara dos Representantes, deve ser acompanhado em meio à expectativa pela decisão de juros nos EUA. Mesmo assim, a dirigente não pode comentar sobre a política monetária em meio ao período de silêncio pré-reunião.
No câmbio, o dólar hoje beira estabilidade ante moedas fortes e recua ante o real. Na abertura, a moeda americana marcava queda de 0,10%, a R$ 5,3542 na venda.
Ibovespa futuro: os destaques do mercado de ações nesta terça-feira (2)
Produção industrial cresce abaixo das projeções
A produção industrial em outubro cresceu 0,1% frente a setembro, na série com ajuste sazonal, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação a outubro de 2024, houve recuo de 0,5%. O acumulado no ano foi de 0,8% e o dos últimos 12 meses chegou a 0,9%.
O resultado veio abaixo da mediana das estimativas do mercado (0,3%). As projeções para esta leitura variavam de recuo de 0,1% a expansão de 1,5%.
Na passagem de setembro para outubro de 2025, três das quatro grandes categorias econômicas e 12 dos 25 ramos industriais pesquisados mostraram expansão na produção. Entre as atividades, a principal influência positiva foi assinalada por indústrias extrativas, que avançou 3,6% em outubro de 2025, interrompendo, dessa forma, dois meses consecutivos de resultados negativos, período em que acumulou redução de 1,7%.
O que mais repercute no Ibovespa hoje
Os juros locais podem ter alívio com o recuo dos retornos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense), apesar do alerta do presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, de que pode elevar a Selic se necessário.
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No câmbio, o dólar pode refletir a leve alta externa e a maior demanda por remessas de fim de ano, refletida no cupom cambial curto.
A pressão deve persistir em dezembro, mas analistas não esperam alta acentuada diante da provável atuação do Banco Central, com rolagem de linhas, oferta de novas linhas com recompra e operações combinadas de dólar à vista com swap reverso (funciona como uma espécie de compra de dólar no mercado futuro), o “casadão”.
Esses e outros dados do dia ficam no radar de investidores e podem impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa futuro.
*Com informações de Silvana Rocha e Luciana Xavier, do Broadcast
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Autor: Camilly Rosaboni
