Ibovespa hoje: mercado tenta estender recuperação com agenda cheia e dados dos EUA no radar

O Ibovespa encerrou o pregão da segunda-feira (24) em alta de 0,33%, aos 155.277 pontos, interrompendo uma sequência de quatro quedas. O movimento foi sustentado pelo cenário externo mais favorável e pelo bom desempenho de ações ligadas ao consumo e varejo, que surfam o período de Black Friday e expectativas mais fortes para as vendas de fim de ano. Entre os destaques positivos estiveram MRV (MRVE3), Assaí (ASAI3) e Vamos (VAMO3), enquanto CSN Mineração (CSNA3), CVC (CVCB3) e Natura (NATU3) fecharam entre as maiores quedas. O volume monetário somou cerca de R$ 27,5 bilhões, acima da média recente e sinalizando maior apetite a risco.

No câmbio, o dólar recuou 0,11%, para R$ 5,39, em linha com o maior otimismo global diante das apostas de corte de juros nos Estados Unidos ainda este ano. Na renda fixa, a curva de juros futuros fechou em queda em todos os vencimentos, refletindo tanto o recuo dos Treasuries quanto o discurso mais suave do Banco Central brasileiro, que reforçou compromisso com a convergência da inflação. No exterior, as bolsas americanas avançaram com força, especialmente o Nasdaq, enquanto Europa e Ásia tiveram desempenho misto.

Para o pregão desta terça-feira (25), investidores acompanham uma agenda relevante de indicadores domésticos logo pela manhã. No Brasil, serão divulgados o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M), além do dado de confiança da construção civil. O Banco Central também publica o resultado do setor externo de outubro e oferta até R$ 5 bilhões em operações compromissadas de três meses. No campo institucional, discursos do presidente do BC, Gabriel Galípolo, e do diretor de política monetária, Nilton David, podem influenciar expectativas sobre a trajetória da Selic.

No exterior, o foco recai sobre dados dos Estados Unidos, incluindo vendas no varejo, núcleo do Índice de Preços ao Produtor (Producer Price Index – PPI) e o índice de confiança do consumidor, além das vendas pendentes de imóveis.

Com a recente reprecificação das apostas para o Federal Reserve, o banco central estadunidense, e a sensibilidade dos mercados aos indicadores macroeconômicos, números acima ou abaixo das projeções podem provocar variação relevante nos ativos globais. Diante desse contexto, a tendência é de um pregão de maior volatilidade, especialmente para ações sensíveis aos juros e ao câmbio.

Confira a Agenda completa: