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JPMorgan e Citi ajudam EUA a conter a queda do peso argentino

O peso argentino quebrou uma sequência de cinco dias de perdas. Isso porque os bancos de Wall Street estão ativos no mercado de câmbio local, em meio a tentativas do governo dos Estados Unidos de ajudar o aliado Javier Milei antes da votação neste fim de semana.

O JPMorgan e o Citigroup entraram no mercado à vista da Argentina na quarta-feira (22). O peso, que havia desvalorizado por cinco sessões consecutivas, fechou 0,1% mais forte, a 1.489 por dólar — dois pesos abaixo do limite mais fraco de sua banda de negociação.

Operadores estimam que o Tesouro americano vendeu entre US$ 400 milhões e US$ 500 milhões, o que, segundo eles, representa sua maior intervenção até o momento. Nenhum dado oficial foi divulgado.

O JPMorgan e o Citibank não quiseram comentar, enquanto o Tesouro dos EUA não respondeu imediatamente aos pedidos de entrevista.

Corrida contra o peso

Milei e o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, tentam conter uma corrida cambial a poucos dias das eleições legislativas de meio de mandato no domingo, que podem determinar o destino das reformas pró-mercado.

O peso chegou a ficar a centavos de romper sua banda de negociação na terça-feira (21), enquanto os argentinos buscavam proteção em moeda forte antes da votação.

Isso levou o banco central a intervir para apoiar a moeda pela primeira vez em cerca de um mês, enquanto o Tesouro americano também interveio.

“O mercado continuará sob pressão porque a oferta de dólares do lado comercial é limitada, já que os vendedores esperam o resultado da eleição para ver o que acontece, se tudo isso foi apenas ruído e logo passa, desaparecendo, ou não”, disse Juan Manuel Truffa, economista da consultoria local Outlier.

Os títulos em dólar da Argentina caíram ao longo da curva.

As notas com vencimento em 2035 recuaram quase um centavo de dólar para serem negociadas a 55 centavos de dólar, de acordo com dados indicativos de preços compilados pela Bloomberg.

“Parece que cada vez que ocorre uma onda de compras de fundos estrangeiros, os títulos caem pela oferta vinda de detentores que estão assustados com o potencial Cisne Negro na noite de domingo”, escreveu em um relatório Walter Stoeppelwerth, diretor de investimentos da corretora local Grit Capital Group.

Eleições na Argentina

O partido de Milei espera sair do dia 26 de outubro com maior apoio no Congresso. Milei obteve uma pequena vitória na tarde de quarta-feira, quando novos dados mostraram que a economia expandiu ligeiramente em agosto, apesar da crise de liquidez.

Mas uma derrota esmagadora na votação provincial no mês passado abalou os mercados e alimentou os receios de que a oposição peronista intervencionista poderia retornar ao poder nas eleições presidenciais de 2027.

Foi depois dessa votação que o governo de Donald Trump interveio.

Bessent confirmou a assinatura de uma linha de swap de US$ 20 bilhões com a Argentina na terça-feira, chamando-a de “uma ponte para um melhor futuro econômico para a Argentina, e não um resgate”.

Os esforços para alinhar o mesmo montante de financiamento do setor privado para a nação propensa a crises, no entanto, ainda não se concretizaram, pois os bancos buscam clareza sobre termos, estrutura e garantias.

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Esta notícia foi originalmente publicada em:
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Autor: Bloomberg

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