Mercados hoje: futuros de NY operam sem direção, enquanto Ibovespa entra em modo ajuste
Bom dia!
A terça-feira, 30 de dezembro, começa com os mercados operando em marcha lenta, típico de fim de ano. Nos Estados Unidos, as bolsas caminham sem direção única, enquanto juros longos, dólar e commodities seguem como termômetro do apetite ao risco. No Brasil, o Ibovespa fez uma leve pausa para ajuste, pressionado pelo câmbio firme e pela influência externa.
Enquanto você dormia…
- Os futuros de NY seguem mistos nesta manhã. Por volta das 7h, Dow Jones e S&P 500 avançaram 0,02%, enquanto o índice de tecnologia Nasdaq caia a 0,01%.
- Na Europa, bolsas operaram sem um direção única ontem, com investidores analisando o encontro entre os presidentes dos EUA, Donald Trump, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. O STOXX 600 subiu 0,21%.
- Na Ásia, os mercados foram mistos: Nikkei recuou 0,37% enquanto Hang Seng subiu 0,86% na última sessão, em meio a volumes reduzidos antes de fechar o ano.
- O índice dólar (DXY) opera com leve baixa de -0,01% aos 98,013 pontos. O petróleo Brent segue em alta de +0,16% aos US$ 61,64 o barril. Os juros da Treasury de 10 anos pagam rendimento de 4,12%.
Destaques do dia
- Enquanto ações de tecnologia perderam fôlego nos últimos pregões, metais preciosos como prata e ouro tiveram movimentos de alta ao longo do ano, mas ontem registram forte correção após picos recentes. A prata teve queda acentuada em um dia, sinalizando maiores ajustes nos mercados de commodities.
- Petróleo segue com preços resilientes, refletindo tensão geopolítica e balanços de oferta/demanda próximos do fim de ano.
- E daí? A volatilidade em commodities e metais tende a manter atenção alta em bolsas emergentes e moedas locais – isto é, ativos brasileiros podem seguir mais sensíveis a movimentos em dólar, juros internacionais e fluxo de capitais.
Giro pelo mundo
- As ações dos EUA tiveram desempenho inferior ao resto do mundo em 2025, com índices fora do país (como mercados emergentes e europeus) superando o S&P 500 em ganhos acumulados no ano. Isso tem levado investidores a buscar mais diversificação offshore.
- O mercado de títulos americano segue sensível a decisões de política fiscal e dívida pública, com investidores atentos ao enorme estoque de dívida de cerca de US$ 30 tri e ao equilíbrio delicado entre déficits e taxas de juros de longo prazo.
- Autoridades chinesas se comprometeram a reforçar sua política de segurança alimentar, com metas de produção de grãos e óleos com apoio tecnológico e contratos de terra mais longos para agricultores – sinal de políticas voltadas à estabilidade doméstica e potencial impacto em cadeias de commodities agrícolas
Giro pelo Brasil
- Ibovespa com leve baixa em fim de ano: o principal índice da B3 recuou cerca de -0,25% no pregão de ontem, operando em torno de 160,4 mil pontos, em um dia de giro reduzido típico do fim de ano e influências externas. A bolsa luta para se manter perto de níveis elevados após forte alta acumulada em 2025.
- Setores mistos e baixa liquidez dominam: perdas nos setores de materiais básicos, imobiliário e utilities ajudaram a pressionar as ações brasileiras, com queda geral do Ibovespa também refletindo desempenho misto entre papéis.
- Dólar segue firme contra o real: a moeda americana subiu para cerca de R$ 5,57, refletindo a aversão ao risco típica de períodos de baixa liquidez.
Giro corporativo
- Romance perigoso. A Nestlé demitiu seu CEO Laurent Freixe em setembro após uma investigação concluir que um relacionamento não divulgado violou o código de conduta da firma. O caso gerou distração da alta administração da Nestlé ao longo de 12 meses.
- Maior produtora de lítio do mundo. A gigante chilena de metais Codelco e a fornecedora de lítio SQM uniram forças. O objetivo da parceria é produzir o metal – usado em baterias – com baixo custo e baixo impacto ambiental para atender à crescente demanda.
- Bilionários egípicios querem um pedaço da Porsche. O HOF Capital, um fundo cofundado por um herdeiro da família bilionária egípcia Sawiris, e a BlueFive Capital querem adquirir participação da Porsche AG, segundo pessoas a par do assunto.
Agenda do dia
- 08:30: Superávit/Déficit Orçamentário (Nov) – Brasil. Importante para o humor fiscal e para entender fluxo de caixa do governo antes de 2026. (Consenso: esperado déficit maior em relação ao mês anterior).
- 08:30: Dívida Bruta/PIB (Nov) – Brasil. Indicador da sustentabilidade fiscal que pode influenciar juros e risco-país. (Consenso: ligeiro aumento esperado frente ao mês anterior).
- 08:30: Dívida Líquida/PIB (Nov) – Brasil. Complementa dados fiscais, monitorado por estrategistas locais para projeções de spread e curva de juros.
- 08:30: Taxa de Desemprego (Nov) – Brasil. Indicador de mercado de trabalho que pode impactar consumo e inflação — e, por tabela, decisões de juros da Selic. (Consenso: estabilidade em relação ao mês anterior).
Ótima terça-feira e bons negócios!
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Esta notícia foi originalmente publicada em:
Fonte original
Autor: Lucas Gabriel Marins

