Mercados hoje: inflação nos EUA, decisão de juros na Europa e início da votação do acordo Mercosul-UE movem os negócios
Bom dia!
A quinta-feira, 18 de dezembro, começa com os mercados atentos aos dados de inflação de novembro nos EUA. Os investidores aguardam os números que podem fornecer mais pistas sobre a possibilidade de o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) estender os cortes de juros em 2026. O dia também tem o início dos debates no parlamento europeu sobre o acordo entre a UE e o Mercosul. A votação vai ficar para a sexta-feira (19), mas ao longo do dia vai ficar mais claro se o acordo negociado por 25 anos vai ser assinado ou não. Aqui, o clima político tem mantido o tempo instável nos mercados. Será que vai chover? Saiba mais a seguir.
Enquanto você dormia…
- O ambiente externo segue cauteloso, mas com um clima mais otimista. Os futuros das bolsas de Nova York seguem em alta antes do dado de inflação nos EUA. Às 7h20, o S&P 500 futuro tinha alta de +0,38%. O Nasdaq futuro subia +0,78%.
- Na Europa, as bolsas europeias operaram levemente positivas, sustentadas por expectativas de manutenção de juros. O Stoxx 600 sobe +0,29%.
- Na Ásia, os mercados foram pressionados por ações de tecnologia. O índice Nikkei, da bolsa de Tóquio, fechou em queda de -1,03%. O Hang Seg, de Hong Kong, terminou em leve alta de +0,12%.
- O índice dólar (DXY) opera com lev alta de +0,12% aos 98,53 pontos. O petróleo Brent segue em alta de +0,28% aos US$ 59,86 o barril. Os juros da Treasury de 10 anos se mantêm em 4,13% ao ano antes do CPI nos EUA.
Destaques do dia
- O destaque do dia é a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos, referente a novembro. O consenso aponta alta anual em torno de 3,1%, ainda distante da meta de 2% do Federal Reserve, mas abaixo dos picos do ciclo inflacionário.
- O dado é chave para calibrar expectativas sobre se o Fed poderá estender os cortes de juros em 2026.
- No mesmo dia, decisões e comunicações de bancos centrais na Europa reforçam a leitura global de que o combate à inflação ainda não terminou, mesmo com sinais de desaceleração econômica.
- E o que isso importa? Uma inflação mais resistente tende a manter juros globais elevados por mais tempo, o que impacta fluxo para mercados emergentes e a curva de juros brasileira. Já uma surpresa benigna pode aliviar a pressão sobre ativos de risco e câmbio.
Giro pelo mundo
- Bancos centrais: decisões e sinalizações do Banco Central Europeu, além de reuniões no Reino Unido e no Japão, reforçam a postura ainda cautelosa das autoridades monetárias frente à inflação persistente.
- Acordo Mercosul–União Europeia: o Conselho Europeu se reúne para discutir a aprovação ou o eventual bloqueio do acordo comercial. O tema segue sensível politicamente e qualquer avanço ou recuo pode afetar expectativas para exportadores sul-americanos.
- Tecnologia em ajuste: ações globais do setor seguem voláteis, após fortes altas ao longo do ano, em meio a revisões de expectativas e realização de lucros.
Giro pelo Brasil
- Efeito externo nos juros: o CPI dos EUA pode mexer diretamente com a curva de juros local, influenciando apostas sobre a Selic em 2026.
- Orçamento e fiscal: o debate sobre o fechamento do Orçamento de 2026 continua no Congresso, mantendo o tema fiscal como pano de fundo para o humor dos investidores.
Giro corporativo
- IPO da Aegea no radar: a companhia de saneamento avalia uma abertura de capital no início de 2026, o que reacende o interesse pelo setor e pelo pipeline de IPOs no Brasil.
- Copasa: o processo de privatização avança, aproximando o governo de Minas Gerais da conclusão da venda, com impacto potencial sobre a dinâmica do setor de utilities.
- Dividendos aquecidos: firmas brasileiras já aprovaram mais de R$ 124 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio no quarto trimestre, reforçando a corrida para distribuir os proventos antes do fim da isenção de dividendos em 2026.
Agenda do dia
- 09:00: Decisão de plítica monetária do Banco da Inglaterra (BoE) – consenso de corte de 0,25 ponto percentual.
- 10:15: Decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) – consenso de manutenção da taxa.
- 10:30: Inflação ao consumidor (CPI) de novembro — Estados Unidos. Principal dado do dia para juros e bolsas globais.
- 10:30: Pedidos semanais de auxílio-desemprego — Estados Unidos. Termômetro do mercado de trabalho.
Ótima quinta-feira e bons negócios!
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Esta notícia foi originalmente publicada em:
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Autor: Sérgio Tauhata