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Nubank mira licença nos EUA; expansão só deve impactar lucros no médio e longo prazo, diz BofA

O Bank of America (BofA) manteve recomendação neutra para a ação do Nubank (ROXO34) ao comentar o plano da instituição de solicitar uma licença nacional bancária nos Estados Unidos. Segundo o relatório, a direção já havia indicado no início do ano a intenção de, a partir de 2025, avançar rumo a um modelo global de banco digital, mas a escolha do mercado norte-americano, e não de outra economia emergente semelhante à da América Latina, causou “modesta surpresa” na equipe de análise.

O processo para obter uma licença desse tipo costuma levar de dois a três anos e exige aval do Office of the Comptroller of the Currency (OCC), da Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) e do Federal Reserve. O BofA observa, contudo, que o ambiente regulatório “ficou mais permissivo sob a administração Trump“, o que pode acelerar o trâmite. A gestão do Nubank reforçou que, no curto e médio prazo, a prioridade continua sendo expandir as operações no Brasil, no México e na Colômbia, enquanto o mercado norte-americano representa uma oportunidade “mais significativa” no horizonte de médio a longo prazo.

“O fato de o Nubank estar se candidatando a uma licença nacional destaca as intenções da administração de oferecer um conjunto completo de produtos e serviços bancários no futuro“, enfatizam os analistas Mario Pierry e Antonio Ruette.

Inicialmente, a licença permitiria atender melhor os atuais clientes nos Estados Unidos e, em etapa posterior, ampliar a oferta de contas correntes, cartões de crédito, empréstimos e custódia de ativos digitais para novos públicos.

O relatório ressalta que o país oferece um potencial de lucro estimado em cerca de US$ 260 bilhões em 2024, mas lembra que se trata de um mercado altamente competitivo e com forte penetração, com custo elevado para captar depósitos, além de bancos incumbentes que vêm investindo pesado em digitalização. O BofA afirma que ainda não está claro se o Nubank vai mirar clientes de maior renda ou o público de massa, nem qual será a proposta de valor para cada segmento.

A análise também destaca a composição do conselho de administração da operação norte-americana, que será presidido por Roberto Campos Neto, ex-presidente do Banco Central do Brasil. O preço-alvo do BofA para as ações do Nu é de US$ 16, mesma cotação de fechamento do papel ontem em Nova York, onde é listado.

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Esta notícia foi originalmente publicada em:
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Autor: Estadão Conteúdo

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