Ouro brilha empilhando recordes enquanto cobre perde fôlego com tensão EUA-China
O ouro encerrou a quarta alta consecutiva nesta quarta-feira (15), rompendo pela primeira vez a marca histórica de US$ 4.200 por onça-troy. O metal precioso segue como “porto seguro” preferido dos investidores em tempos de turbulência, agora impulsionado por novas tarifas dos Estados Unidos contra a China e pelas expectativas de cortes adicionais nos juros americanos.
Na Comex, divisão de metais da bolsa de Nova York, o contrato para dezembro subiu 0,91%, a US$ 4.201,60 — depois de bater US$ 4.235,80 durante o pregão. Analistas da City Index e da FOREX.com projetam que o ouro pode chegar a US$ 5.000, ainda que com eventuais correções de curto prazo.
Enquanto o ouro brilha, o cobre anda em cima do muro. O metal marrom-avermelhado encerrou o dia sem direção definida: queda de 0,17% na Nymex, a US$ 5,0145 por libra-peso, e leve alta de 0,26% na LME, a US$ 10.626 por tonelada. A hesitação reflete sinais mistos vindos de Washington e Pequim — um dia há diálogo, no outro, ameaça de tarifa.
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse estar otimista com as conversas com a China, mas não descartou “muitas medidas” contra o país. Ele também acusou os chineses de alimentar “a máquina de guerra” russa, o que pressiona os preços do cobre — uma commodity fortemente ligada à indústria chinesa.
Para completar o enredo, o CPI (Índice de Preços ao Consumidor) da China caiu 0,3% em setembro, acima da expectativa de queda, e o PPI (Inflação ao Produtor) recuou em linha com o previsto.
Entre outros metais negociados na LME, no fechamento (13h30 do horário de Brasília) desta quarta-feira (15), o alumínio subia 0,38%, a US$ 2.750,00 por tonelada. O chumbo ganhava 0,53%, a US$ 1.988,00 a tonelada. O níquel tinha alta de 0,56%, a US$ 15.190,00 a tonelada. O estanho operava com ganhos de 0,60%, a US$ 35.500,00 a tonelada. E o zinco recuava 0,29%, a US$ 2.945,00 a tonelada.
Com informações Broadcast e Dow Jones Newswires
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Autor: Igor Markevich