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Privatização da Copasa (CSMG3) avança; BTG vê potencial de alta de até 51%

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou na madrugada desta sexta-feira (24), em primeiro turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que destrava o processo de privatização da Copasa (CSMG3). Foram 52 votos a favor e 18 contrários. O texto agora volta à Comissão Especial para emissão de parecer de segundo turno, antes de retornar ao Plenário para votação definitiva.

A PEC remove a obrigatoriedade da realização de um referendo popular para privatização da firma. No mercado, a notícia foi recebida de forma positiva. As ações da companhia saltam 3,08% nesta tarde cotadas a R$ 37,45.

Em relatório, o BTG Pactual elevou a recomendação da Copasa para compra, destacando que o cenário de “não privatização” da companhia é improvável. Ainda assim, caso a operação não avance, o banco estima um valor justo de R$ 35 por ação.

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No caso de uma privatização sob a regulação atual, o valor justo subiria para R$ 43 por ação. Já no melhor cenário, em que a firma siga os moldes da Sabesp (SBSP3), o preço justo seria de R$ 55, o que representa um potencial de valorização de 51% em relação ao fechamento da última quinta-feira (23).

“Atribuímos 10% de probabilidade ao primeiro cenário, 60% ao segundo e 30% ao terceiro. Nosso preço-alvo ponderado, portanto, é de R$ 46 por ação, com horizonte até o final de 2026”, afirma o BTG.

Para o Itaú BBA, a decisão da ALMG marca um passo inicial significativo para eliminar um dos principais obstáculos políticos à privatização da companhia. “Em nossa visão, as chances de privatização da Copasa aumentaram consideravelmente nos últimos meses, sustentadas por apoio sólido na Assembleia Legislativa e por um caminho claro para a conclusão do processo até o início de 2026″, destaca o banco, que tem recomendação outperform (equivalente à compra) com preço-alvo de R$ 43,2.

O BBA ainda relembra que as ações da Copasa têm mostrado forte desempenho no acumulado do ano, refletindo o otimismo dos investidores com o processo de privatização e com as melhorias regulatórias em andamento. Em 2025, os papéis já sobem 88,24%.

Os próximos passos

O projeto deve retornar à Comissão Especial para elaboração de um novo parecer antes de ser submetido à segunda votação em plenário. Somente após a aprovação em segundo turno e a promulgação pela Assembleia Legislativa, a emenda passará a integrar a Constituição do Estado.

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Concluído o processo da emenda constitucional, a próxima etapa será a discussão e aprovação do Projeto de Lei (PL) 4.380/25, que estabelece o marco legal para a venda da Copasa. Segundo o texto, protocolado oficialmente na Assembleia no final de setembro, a privatização poderá ocorrer por meio de venda total ou parcial da participação do Estado, ou ainda por um aumento de capital com emissão de novas ações.

O projeto deve ser analisado primeiro pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), antes de seguir para outras comissões e, por fim, para votação em plenário. “Na nossa avaliação, o texto tem boas chances de ser aprovado ainda neste ano, o que abriria caminho para o lançamento formal do processo de privatização da Copasa pelo governo de Minas Gerais”, avalia o Itaú BBA.

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Autor: Beatriz Rocha

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