Ibovespa mantém estabilidade com Petrobras (PETR4) em alta e Braskem (BRKM5) em queda livre

No exterior, os mercados operam com viés misto nesta sexta-feira (26), refletindo a divulgação do índice de preços ao consumidor (PCE) de agosto nos Estados Unidos, em linha com as expectativas. A leitura reforça a perspectiva de continuidade nos cortes de juros pelo Federal Reserve, enquanto o recuo no sentimento do consumidor, medido pela Universidade de Michigan, adiciona cautela ao cenário. Nesse contexto, o dólar perde força frente a outras moedas, mesmo com a alta dos Treasuries, o que, somado às tensões geopolíticas, impulsiona os preços do petróleo e do ouro. As bolsas europeias avançam com otimismo em torno de acordos comerciais, enquanto os índices em Nova York oscilam próximos da estabilidade.

No Brasil, o Ibovespa inicia a tarde estável, sustentado pela valorização do petróleo — que favorece ações da Petrobras (PETR4) — e pelo aparente fluxo estrangeiro positivo. A curva de juros futuros exibe viés de baixa, acompanhando o recuo do dólar e a expectativa de cortes nos juros americanos. Por volta das 13h50, o principal índice da B3 caia 0,04%, aos 145.246 pontos, enquanto o dólar recuava 0,43%, cotado a R$ 5,34, refletindo a entrada líquida de recursos no país.

Entre os destaques da bolsa, a Braskem (BRKM5) lidera as perdas, com queda superior a 14%, após anunciar a contratação de assessores para avaliar alternativas de reestruturação de capital. A Ambipar (AMBP3) também registra forte volatilidade, após obter liminar que suspende pagamentos por 30 dias. Na ponta positiva, firmas sensíveis à política monetária, como GPA (PCAR3), Cury (CURY3) e Magalu (MGLU3), avançam com a expectativa de queda nos juros. Bancos também sobem, favorecidos pelo fluxo estrangeiro. Já o setor de mineração recua, pressionado pela queda do minério de ferro nos mercados asiáticos.