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S&P rebaixa rating da Aegea e atribui nota BB a emissão de blue bonds

A agência de classificação de risco Standard & Poor’s atribuiu rating BB- para a Aegea, companhia de saneamento, e BB para sua proposta de emissão de bonds azuis com vencimento em 10 anos. A perspectiva é negativa para a nota atribuída à firma.

De acordo com a S&P, os títulos serão emitidos pelo seu veículo de financiamento Aegea Finance e garantidos pela Aegea. A agência de classificação de risco diz também que parte dos recursos será destinada para financiar uma oferta pública (tender offer) parcial de bonds existentes com vencimento em 2029. O restante, segue a S&P, será usado para financiar investimentos qualificados pela emissão dos blue bonds.

Os blue bonds são uma categoria dentro das captações sustentáveis, com direcionamento dos recursos para investimentos de propósitos hídricos.

A S&P diz que a perspectiva negativa reflete as métricas de crédito pressionadas da firma, especialmente em 2025, dado seu crescimento agressivo e as altas taxas de juros no Brasil. “O apetite por crescimento em meio a altas taxas de juros prejudica o fluxo de caixa operacional livre (FOCF – free operating cash flow) e aumenta a alavancagem da Aegea”, diz a S&P.

Em 2024, a firma expandiu seu portfólio por meio de novas concessões e garantiu financiamento integral para atender às obrigações financeiras da Águas do Rio e financiar seus investimentos (capex) nos próximos anos, diz a agência.

A aquisição da Águas do Rio foi concluída em novembro de 2021 e foi a maior aquisição da Aegea nos últimos anos, com taxas de outorga no valor de R$ 15,4 bilhões e investimento necessário de cerca de R$ 24 bilhões ao longo do prazo da concessão.

A companhia também venceu o leilão para operar uma PPP (participação pública privada) de esgoto no estado do Paraná e a concessão de água e esgoto no estado do Piauí por R$ 1 bilhão.

Em 2025, a Aegea começou a operar diversas concessões previamente concedidas, ganhou a concessão para operar água e esgoto no estado do Pará por uma taxa de outorga de R$ 1,8 bilhão e anunciou a aquisição das operações de resíduos sólidos da Ciclus Rio por R$ 1,1 bilhão.

“Para amparar as expansões e melhorias operacionais, projetamos capex de aproximadamente R$ 24 bilhões entre 2025 e 2027, levando a um déficit de FOCF de quase R$ 5 bilhões em 2025 e mais de R$ 3 bilhões em 2026”, explica a S&P.

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Esta notícia foi originalmente publicada em:
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Autor: Estadão Conteúdo

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