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Taxa de aluguel da Ambipar (AMBP3) dispara 272% após decisão judicial

As ações da Ambipar (AMBP3) lideram nesta sexta-feira (26) o ranking da taxa de aluguel no mercado. Conforme dados da Ativa Investimentos, houve um salto de 83% para 272% nessa métrica. A demanda por essa operação é mais um desdobramento da suspensão, por 30 dias, do pagamento de dívidas aos credores, medida cautelar que a companhia obteve na Justiça do Rio.

Na prática, a decisão funciona como uma espécie de pré-recuperação judicial. A avaliação é de que se trata de questão de tempo até que a proteção total contra credores seja solicitada. A exigência de garantias adicionais feita pelo Deutsche Bank para compromissos monetários que somam US$ 550 milhões (cerca de R$ 3 bilhões) acelerou o pleito à Justiça.

Para o especialista em ações da Axia Investing, Felipe Sant’Anna, o aumento expressivo no custo do aluguel das ações da Ambipar indica forte pressão de investidores posicionados na venda descoberta, sinal de que o mercado aposta em queda acentuada dos papéis.

Ele compara a situação da firma a uma “granada sem pino” no colo da Ambipar. Ou seja, um alto risco diante do potencial de forte desvalorização, diz.

Ontem, a Ambipar chegou a perder 60% nas primeiras horas dos negócios, fazendo a cotação recuar para R$ 4, menor valor intraday desde junho de 2024. No fim do dia, porém, o movimento arrefeceu e a ação encerrou a sessão em baixa de 24,24%. Nesta sexta-feira, a volatilidade dominou as negociações com o papel. No pior momento do dia, registrou queda de 14,67%. No começo da tarde, atingiu alta de 26,80%.

Segundo operadores, circula o rumor de que o controlador, Tercio Borlenghi, estaria comprando ações, o que teria amenizado a queda de ontem.

Nos últimos dias, o volume de negócios com papéis da companhia disparou frente ao padrão recente. Passou da casa das centenas para milhares. Na sexta-feira passada, por exemplo, foram apenas 881 operações. Hoje, já são 10 mil.

O movimento coincidiu com o agravamento da situação da firma. Em julho, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) emitiu relatório técnico que apontava que as ações da Ambipar (AMBP3) teriam sido artificialmente valorizadas numa espécie de “troca de favores” entre Borlenghi, Nelson Tanure e o Banco Master.

Diante da crise, na segunda-feira, 22, a companhia anunciou a saída do diretor monetário João Daniel Piran de Arruda. Ricardo Rosanova Garcia passou a acumular a função com a Diretoria de Relações com Investidores.

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Esta notícia foi originalmente publicada em:
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Autor: Estadão Conteúdo

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