Gerdau vê negócios no Brasil operando no vermelho, mas mostra otimismo sobre 2026
O CEO da Gerdau, Gustavo Werneck, afirmou nesta sexta-feira (31) que “boa parte” das operações de produção de aço da firma no Brasil estão mostrando prejuízo, pressionadas por importações elevadas.
Mas, diferente de comentários feitos meses atrás, o executivo se mostrou mais otimista durante entrevista a jornalistas nesta manhã com as perspectivas de ações mais concretas do governo federal para conter o fluxo de material que tem chegado ao país, principalmente da China.
“Demora demais a aplicar medidas antidumping, mas temos visto progresso e é uma das possibilidades que enxergamos como mais concretas”, disse o executivo.
Segundo o vice-presidente monetário da Gerdau, Rafael Japur, a firma tem visto “de forma concreta” trabalho de técnicos do governo buscando as firmas siderúrgicas do país para avaliar os dados do setor.
“Efetivamente está havendo um avanço do corpo técnico”, disse Japur, acrescentando que as duas principais investigações para a Gerdau — envolvendo fio máquina e bobinas a quente — devem ter decisões de aplicação de antidumping “em meados do final” do segundo trimestre de 2026.
Segundo Werneck, a firma ainda não conseguiu operar a plena capacidade o novo laminador de bobinas a quente instalado na usina de Ouro Branco (MG) por causa de importações elevadas do produto no Brasil.
A Gerdau inaugurou o equipamento com capacidade de 250 mil toneladas por ano em março deste ano, após investimento de R$ 1,5 bilhão.
Werneck afirmou que a previsão de importações de aço no Brasil este ano atinge um volume de 6 milhões de toneladas, suficiente para quase 30% da demanda brasileira pela liga.
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Esta notícia foi originalmente publicada em:
Fonte original
Autor: Reuters
